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10.1.10

RECANTOS DE CHARME PARA DIAS MAIS OU MENOS

Café do Paço (da Liberdade) e Café do MON

Se o dia está meio barro meio tijolo... vá ao Museu. A exposição de Vick Muniz está no MON até fevereiro (quase tal e qual como exposta no MASP) e os azulejos portugueses também. Encerre a visitação no Café. Com paredes de vidro, o espaço ao lado da bilheteria permite observar o bosque no final de tarde. É, no mínimo, agradável.

FOTO MB: Minha ida ao centro da cidade inclui uma passadinha no oásis de quietude e requinte que é o Café do Paço (da Liberdade).


FOTO MB: Passe antes na biblioteca, que fica no mesmo andar, escolha um livro e rume para o Café. Aproveite para dar uma olhadinha na programação do cinema ou ir ao último andar visitar a exposição da vez. Atualmente, a arte de Arnaldo Antunes preenche as paredes de palavras e idéias que produzem, no mínimo, momentos de diversão. Vale conferir.

25.7.09

ESTÂNCIAS JESUÍTICAS DE CÓRDOBA (AR)

Formado por igrejas e conventos construídos por jesuítas entre 1616 e 1767, quando foram expulsos da região por Carlos III, o patrimônio considerado da humanidade pela UNESCO tem como ícone o quarteirão no centro histórico da cidade. Na Manzana Jesuítica estão o Colégio Nacional de Monserrat, a Igreja da Companhia de Jesus (1640) e a antiga Universidade Nacional de Córdoba (a primeira construída na Argentina e a quarta na América).
Foto: pátio da Universidade/Margareth Bastos
Na Igreja, com uma capela de cada lado, a celebração da missa acontece sob a abóboda de quilha invertida e o brilho do ouro do púlpito, do retábulo e das imagens sacras. Do pátio do Colégio de Monserrat, já muito modificado, visita-se o Museo Histórico de La Universidad (Casa de Trejo). Em seu Salón de Grados, as cortinas e as cadeiras são as mesmas que testemunharam horas de arguição dos formandos que por ali passaram nesses 400 anos.
Foto: Ruta 9/Margareth Bastos
Para entender melhor o restante dessa história, convém lembrar o ex-militar Santo Ignácio de Loyola e sua Companhia de Jesus que, “Para a Grande Glória de Deus”, deu o pontapé inicial naquela região. Se educação, missões evangelizadoras e, por consequência, conquistas territoriais sempre estiveram nos planos da Companhia, a criação de estâncias capazes de sustentar economicamente tal obra evangelizadora também fazia parte da estratégia. Assim, o que hoje conhecemos por Camino de las Estancias Jesuíticas, reúne as cinco estâncias compradas e construídas por jesuítas - Caroya (1616), Jesús Maria (1618), Santa Catalina (1622), Alta Gracia (1643), La Candelaria (1683) e San Ignacio (1725) -, e que serviram de residência para padres estancieiros, escravos e índios, para plantio e para criação de gado, abrigaram padaria, carpintaria, oficinas de ferreiros e tudo mais que se possa imaginar necessário para a época. San Ignacio, na serra de Calamuchita, já desapareceu, mas Caroya, 40 km ao norte do centro de Córdoba ainda está lá.
Foto: Estância Caroya/Margareth Bastos
A estância foi a primeira da Companhia e servia de residência de verão para os alunos do Monserrat. Entre 1814 e 1816 foi transformada em fábrica de armas para o Ejército del Norte, durante a guerra da independência. Em 1878, Avellaneda cedeu o uso daquelas terras aos imigrantes italianos vindos de Friulli, até que formassem um novo povoado próximo dali. Hoje é possível encontrar salames, pães e queijos coloniais em várias vendas na beira da estrada.

Seguindo para o norte até Sinsacate, em terras que foram dos indígenas sanavirones, começa o antigo Camino Real. Próximo do local onde se realiza um grande festival anual de doma e folclore há uma ponte de ferro sobre o rio. Basta cruzá-la para avistar Jesús María.

Foto: lateral da Estância Jesús Maria/Margareth Bastos
É possível visitar a igreja, a residência e a bodega onde era produzido e armazenado o vinho. Hoje esse complexo é sede do Museo Jesuítico Nacional: quadros, mobília, biblioteca, louça, vestimentas estão ali para serem vistos. A estância seguinte pelo Camino Real é Santa Catalina. De lá é possível avistar as Sierras Chicas, mas os vários caminhos incluem alguns quilômetros de estrada de terra. Mais distante, cerca de 130 Km, em plena Pampa de San Luis, e com acesso também por estrada de terra está a estância La Candelária, em ruínas. Logo, mudo o rumo para o sul e chego em Alta Gracia no final da tarde, com pouco tempo para conhecer o Museo Casa Del Virrey Liniers, a igreja paroquial, o primeiro canal de irrigação construído e o Museo Casa Ernesto Che Guevara (nascido em Rosário e morador de Alta Gracia entre os 4 e 16 anos, até 1940).
FotoMB: Museo de la Estancia Jesuitica de Alta Gracia - Casa del Virrey Liniers - Patrimônio da Humanidade
Se é na província de Córdoba, responsável por 4% do PIB, que os argentinos produzem carros de última geração, cultivam toneladas de grãos (milho, trigo e soja) e fabricam aviões militares, é na sua principal cidade, também chamada Córdoba, que eles conservam um dos patrimônios arquitetônicos mais importantes da Argentina. Não sei se uma coisa tem relação com a outra, mas que Córdoba é especial, ah, isso é.
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4.7.09

Ô MEU, DOMINGO SEM DESCANSO EM SAMPA!

FOTO MB: detalhe da entrada do Mosteiro de São Bento




Como moeda tem dois lados, depois da movimentação da 25 de Março é fundamental caminhar pela Oscar Freire. Foi o que fiz no domingo bem cedinho, com as lojas fechadas para evitar a tentação.


FOTO MB:  Santo Grão Café - xícara de chocolate suíço por R$10,00 (para aquecer)

É difícil imaginar que a Oscar, oitava rua de comércio mais luxuoso do mundo (segundo o Mistery Shopping Internacional, que estuda a relação entre cliente e mercado em 5 continentes), está há 8 estações de metrô da rua de comércio mais popular paulistano. Adorei!

FOTO MB: Placa na Rua com o mapa das lojas

Próximo das 10 da manhã, rume para o Mosteiro de São Bento: missa com canto gregoriano e, ao final, fila para comprar os bolos e biscoitos preparados pelos monges. Lembrei do Rio, o Mosteiro lá é lindo, lindo, lindo! 
Antes da missa, aproveite para passear pelo Viaduto Santa Efigêngia (que liga o Mosteiro à igreja da Santa) e ter uma visão do alto, embora parcial, do Vale do Anhangabaú. Ao longe, verás o Viaduto do Chá.

FOTO MB: trolebus no Anhangabaú (R$ 2,10)

Após a missa, caminhe sem pressa pela região. Vai encontrar com vários grupos de turista e ter a sensação de não estar só no centro da cidade. Siga pela Av. São João, admire o Edifício Banespa (Banespão para os paulistanos), o Martinelli (o primeiro arranha-céu da América latina, de 25 andares e 100 m de altura, construído em 1930 e que ocupa um quarteirão inteiro entre as ruas São Bento, Libero Badaró e Av. São João).

FOTO MB: Banespa e Martinelli - visto da Av. São João

É pela Líbero Badaró que se chega ao Viaduto do Chá (é a rua lateral da Prefeitura da Cidade, agora sediada no antigo prédio "Banespinho"). Do outro lado, o Teatro Municipal é único. Se no Teatro tiver algum evento diurno do projeto Catraca Livre, aproveite. Caso contrário, vá visitar o Museu do Ipiranga, digo Museu Paulista da USP.

Foto-arte do Viaduto do Chá - Margareth Bastos

Para isso, volte ao metrô e siga pela linha verde até a estação Alto do Ipiranga (última estação). Ela é fantástica: 4 andares! Bom, voltemos ao Museu. Desça na Alto Ipiranga e tome o trolebus Gentil Moraes até o Parque Independência. Visite o Museu por mim, já que no dia 28 de junho a USP estava em greve e frustrou meu passeio.

Antes de voltar para casa, de alma lavada, dê uma passadinha no MASP. Claaaaro! Último dia para ver ARTE NA FRANÇA 1860-1960 - O REALISMO, matei a vontade de rever “as menininhas”, digo Rosa e Azul, de Renoir, um dos meus prediletos. Lá está (va) também a mega-super-interessante exposição de VIK MUNIZ (até 12 de julho). Como era domingo, o vão do Museu abrigava a feira de antiguidades. Então, sobrou a esquina da Paulista para os fãs prestarem homenagem ao Michel.

FOTO MB: Detalhe vitral do Mercado Municipal


Bem, faltou a OCA; o Ibirapuera; a ponte estaiada; o Copan - Av. Ipiranga, 200; o Memorial da América Latina; o Pateo do Collegio; Vila Madalena etc. Convenhamos, não dá para revitalizar 20 anos em 2 dias. Fica pra próxima!

2.7.09

SÃO PAULO SEM ENGARRAFAMENTO: É SÁBADO!

Depois do café continental (incluído na diária promocional de fim de semana + check-out tardio após árdua negociação durante o processo de reserva do hotel), foi possível visitar muitos pontos de interesse da cidade seguindo as estações da Linha Azul do Metrô. Primeiramente, a Cadetral Metropolitana da Praça da Sé (estação Sé).

 Visão da Sé ainda na estação do metro.

Segundo a Arquediocese de São Paulo, a Catedral da Sé é um dos cinco maiores templos góticos do mundo. A Catedral de hoje começou a ser construída em 1913 (a primeira igreja, de taipa, data de 1591) e foi inaugurada em 1954, sem as torres principais. Em 1999 o prédio foi interditado para restauro e manutenção. Até 2002, quando reabriu suas portas, foram construídas 14 belíssimas torres laterais que constavam no projeto original, bem como foram restaurados todo o prédio, os vitrais, as obras de arte, as portas, a iluminação e o carrilhão de sinos.
visão das novas torres a partir da lateral

A parada seguinte é na estação Luz. A partir dela se chega à Pinacoteca do Estado...

Blue jeans, de João Loureiro, nos observa na entrada

à Estação da Luz e o seu Museu da Língua Portuguesa quem passa, para e toca: Projeto Toque-me, sou teu http://www.pianosderua.com.br/
à Estação Pinacoteca – antigo prédio do DEOPS, onde funciona o Memorial da Resistência. No brevíssimo trajeto a pé da Estação da Luz até o Memorial é possível avistar a Escola de Música Tom Jobim. Ao longe, vê-se a antiga Rodoviária e, ainda mais longe, a Estação Júlio Prestes, com a Sala São Paulo. Se o turismo social é o seu forte, bingo! Continue andando e você estará na região da Cracolândia. Por outro lado, literalmente, você estará na entrada do Bom Retiro, mas deve resistir ao comércio de roupas e moda, já que não há intenção de compras nesse tipo de viagem. Nem na Oscar Freire! essa é a ladeira, na saída da estação.
Retorne à estação Luz do Metrô e parta para a estação São Bento – saída ladeira de Porto Geral, para cruzar a multidão da Rua 25 de Março e alcançar seu objetivo: sanduíche de mortadela + pastel de camarão + bolinho de bacalhau, no Mercadão Municipal. Fique atento, pois todo último domingo do mês o Mercado fecha para a manutenção.

nem só de mortadela vive o paulistano! As cores e os aromas do Mercado... hummmmmmmm
Comida no papinho, pé no caminho! (isso é mais velho que minha avó...) Nova caminhadinha até a estação São Bento para, então, seguir até a Liberdade (na estação de mesmo nome) e vasculhar as lojinhas “de tudo um pouco”. Eu, por exemplo, saí de lá com uma lanterna que (ainda) não tenho onde pendurar.
o caminho do Imperador

FOTOS MB

23.6.09

CINCO MOTIVOS PARA VISITAR COLONIA DEL SACRAMENTO

FOTO MB

Em Colonia há tantas histórias e detalhes que você pode criar um passeio pra lá de inusitado. Tem portão principal com ponte sobre fosso, Plaza de Toros, farol para observação do Rio, canhão no meio da praça, ruína de mosteiro, a igreja mais antiga do Uruguai, restaurantes, sorveteria, enfim, só depende de você! Por incentivo, vou listar 5 motivos para a inclusão da cidade no seu próximo roteiro.
1 – É PRECISO IR ALÉM DA TRILOGIA PUNTA DEL ESTE – MONTEVIDEO - BUENOS AIRES . Melhor não comentar...

FOTO MB: Mesas do El Drugstore e os seus carros antigos

2 – É O ÚNICO LUGAR NO URUGUAI DECLARADO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA HUMANIDADE (1995) PELA UNESCO
Lembremos que os lugares declarados pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade são culturais, naturais ou uma mistura de marcos que representam a riqueza da cultura de um país. Vi no Uruguai muitas coisas que elegi “patrimônio”, como o candombe dançado nas ruas da capital mas, sem dúvida, o casario de Colonia transformado em 10 museus, é imperdível!
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FOTO MB: Museo Casa de Nacarello - típica casa portuguesa do século XVIII


3 – ÚNICA CIDADE FUNDADA POR PORTUGUESES NA REGIÃO DO RIO DA PRATA
Para perder o mofo, lá vai em portunhol: Colonia del Sacramento (Uruguay) es la única ciudad fundada por los portugueses (Manuel de Lobo - 1680) en las costas del Río de la Plata. De ser así, lo casco antiguo de Colonia tiene características muy distintas a otros cascos urbanos del Plata: en las ciudades espanholas los trazados urbanos son como los dameros, pero los portugueses no hacían manzanas. Así, la conformación de Colonia es totalmente extraña en el Río de la Plata, porque sus calles (“arruamentos”) surgieron sin ninguna planificación urbana.
FOTO MB: Museo del Azulejo - "Hace 300 años que mira el río"

4 – MENOS DE 180KM DE ESTRADA SEPARAM COLONIA DE MONTEVIDEO
De ônibus, pode ser uma grande aventura! Foi isso que fiz em 2005. Da Rambla, onde estávamos hospedados, tomamos um táxi para Tres Cruces, onde fica a rodoviária local. É, mais uma vez, uma mistura de shopping e rodoviária, em dois andares e em local estratégico da cidade. Bom, três horas depois de embarcarmos em um ônibus interestadual, onde tinha gente viajando em pé nos corredores por falta de assentos e que parou em diversos lugarejos, chegamos à Colonia del Sacramento. Nada como o contato com a realidade! Dica: passagem Montevideo-Colonia pela TURIL - http://www.turil.com.uy/
FOTO MB: No porto de Colonia rumo à Buenos Aires - Terminal de Puerto Madero. 

5 – MENOS DE 50KM, PELAS ÁGUAS DO PRATA, SEPARAM BUENOS AIRES DE COLONIA
O buquebus que tomamos levou 3 horas para chegar ao destino. Era o buque cruzero, que andava mais devagar que a barca da cantareira. Parecia um cassino antigo, com carpete vermelho, escadas douradas e néon. Tinha free shopping, o que distraiu um pouco, pelo menos até ele ficar irrespirável de tanto perfume que o mulherio experimentou. Mas se você não estiver ansioso para chegar em BUE, vá para o convés, tire fotos e aprecie o Prata.
Na loja de passagens tem umas fotos de um veículo que navega em alta velocidade (buque rápido), mas era muito, muito mais caro. Dica: passagem Colonia – Buenos Aires de Buquebus - http://www.buquebus.com/

4.9.07

Uma Dica para o Feriado


Como todo mundo sabe, ir para Buenos Aires está mais barato do que ir para Fortaleza. Mesmo considerando a exorbitante taxa de embarque, de valor superior ao da passagem aérea, um final de semana com os portenhos ainda é uma boa opção. Recebi o convite e repasso para vocês.

Principalmente se estiver chovendo, aproveite os museus portenhos. Uma visita ao Malba, museu de arte moderna - Av. Figueroa Alcorta, 3415 - e ao Museo de la Ciudad (para quem admira o "filete porteño" e a arquitetura do século XVIII) - Defensa, 219 -, são duas ótimas opções. O Museu Historico Sarmiento - Juramento, 2180 -, em Belgrano é uma boa surpresa. Acervo pequeno, mas a casa onde morou o presidente argentino é agradável. E por falar em casa que é museu, a residência neoclássica francesa da família Alvear abriga o Museu Nacional de Arte Decorativo. Outro programa de final de semana é uma visita ao Museo de La Pasion Boquense. No coração do estádio "La Bombonera", no Caminito, o museu do Boca Juniors impressiona os amantes do futebol.

Para baixar o pdf com a relação dos 130 museus de Buenos Aires, acesse Red de Museos Porteños.



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