Antes do terremoto de 1755 o então Terreiro do Paço era formado pelo cais
da Praia da Ribeira, Paço Real, edifícios da Corte, Alfândega, Armada e armazéns.
Na reedificação da cidade pós terremoto, na visão do Marques de Pombal, a Praça
do Comércio (área do Terreiro) seria símbolo de uma Lisboa moderna, distante do
aspecto medieval e a partir da qual a cidade se expandiria de maneira
organizada, deixando de vez o emaranhado de ruas que levava aos campos, na
direção do Rossio e organizava em quarteirões o centro comercial da cidade, a
Baixa.
FOTO MB: PRAÇA DO COMÉRCIO VISTA DO TEJO
FOTO MB: PRAÇA DO COMÉRCIO VISTA DO CASTELO DE SÃO JORGE
Na Praça foi construído um monumental edifício para abrigar as repartições públicas e algum pouco comércio no andar térreo, sob as arcadas. Um deles está lá até os dias de hoje: Martinho da Arcada, um café que já foi sorveteria (Casa da Neve - 1792), de propriedade de Martinho Rodriguez (1795). É, portanto, o café mais antigo de Lisboa. Dentre seus ilustres frequentadores, Bocage, Fernando Pessoa e Amália. A mesa do Fernando Pessoa está lá até hoje, mas o que valoriza a visita são os quitutes.
FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. DE TÃO PEQUENO, O CAFÉ DISPÕES DE 5 MESAS NO SEU INTERIOR. UMA PORTA LATERAL DÁ ACESSO AO RESTAURANTE, QUE SÓ FUNCIONA PARA O JANTAR. A MESA DE PESSOA FICA AO LADO DA PORTA E DA JANELA, QUE DÁ VISTA PARA A PRAÇA.FOTO MB: PRAÇA DO COMÉRCIO VISTA DO CASTELO DE SÃO JORGE
Na Praça foi construído um monumental edifício para abrigar as repartições públicas e algum pouco comércio no andar térreo, sob as arcadas. Um deles está lá até os dias de hoje: Martinho da Arcada, um café que já foi sorveteria (Casa da Neve - 1792), de propriedade de Martinho Rodriguez (1795). É, portanto, o café mais antigo de Lisboa. Dentre seus ilustres frequentadores, Bocage, Fernando Pessoa e Amália. A mesa do Fernando Pessoa está lá até hoje, mas o que valoriza a visita são os quitutes.
FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. DE TÃO DISCRETA, QUASE NÃO SE VÊ A ENTRADA.
FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. COMO RESISTIR AOS QUITUTES PORTUGUESES?
Outro
detalhe encantador sobre a Praça do Comércio é que sua construção demorou mais
de um século. Pombal tinha dificuldades financeiras para finalizar seu Plano,
mas não poderia esperar tanto tempo para alardear sua principal obra. Assim que
para inaugurar a estátua de D. José, Pombal criou cenografia de madeira e gesso
escondendo os edifícios em construção e dando todos por concluídos!
FOTO MB: CAMINHADA NO FIM DE TARDE ATÉ O TORREÃO