Pela primeira vez visitei Paris no inverno e não tive dúvidas em dedicar esses poucos dias aos museus. Isso porque a lembrança do colorido da primavera e do ânimo das pessoas no verão teimava em me afastar das ruas, ainda que o frio fosse ameno para os padrões europeus e não houvesse neve.
O saldo foi positivo: Bati ponto no Louvre, sem fila para entrar e tendo em mãos o ingresso comprado com antecedência na FNAC do Centre Commercial Beaugrenelle - 11 rue Linois. Poderia ter adquirido o Paris Museum Card, mas não era o melhor custo benefício para a minha proposta. O ingresso permite sair e voltar ao Museu no mesmo dia. No hall de entrada, ponto de partida para a visitação, você encontra uma super estrutura de atendimento ao visitante. É ali que se tem a dimensão da grandiosidade do lugar que você entrou! Parece simples, mas escolher por qual pavilhão começar [Sully, Denon ou Rechelieu] pode ser um dilema. Então, se preferir, opte por audio-guia ou estipule um roteiro prévio. A internet está repleta de dicas para isso.
Enfim, caminhando sem o compromisso de estudar, de encontrar Vitória (de Samotrácia), Vênus (de Milo) e Monalisa, me perdi (literalmente) naqueles corredores. Tal fato não causou qualquer desconforto já que estava diante de uma arquitetura belíssima e cercada de arte que produz conhecimento e favorece a contemplação... Estar perdido, neste caso, significa diversão! E foi assim que, sem pressa, passei horas circulando nos quatro andares do Museu, entre Antiguidades Gregas, Romanas, Etruscas, Egípcias, do Oriente, Arte Islâmica, gravuras, desenhos, pinturas, esculturas e artes decorativas. Lá só não se vê os impressionistas e as vanguardas dos séculos XIX e XX (Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo) que estão no Museu d´Orsay.
FOTO MB: O MÁRMORE É MACIO COMO ARGILA PARA OS CLÁSSICOS
FOTO MB: O LOUVRE É BONITO POR DENTRO E POR FORA - VEZ OU OUTRA É BOM OLHAR PELA JANELA PARA VER A CIDADE
FOTO MB: AÍ VOCÊ SENTA UM POUCO PARA RETOMAR O FÔLEGO E CONCLUI QUE A HUMANIDADE É BRILHANTE!
Depois de seis horas, com uma única paradinha para um sanduíche na tradicional Boulangerie Paul do Louvre (simples, rápido e gostoso!) deixei o Museu. Vi tudo? Não. Voltarei? Todas as vezes que puder!
FOTO MB: A GRANDE ODALISCA - NEOCLÁSSICO - JEAN-AUGUSTE DOMINIQUE INGRES
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