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25.1.16

SEVILHA VISTA PELA MARGEM DO RIO GUADALQUIVIR: Ô, SAUDADE!

Errei, e muito, ao reservar apenas 3 dias para visitar Sevilha. O peculiar da cidade é a possibilidade de ver lado a lado vestígios mouros, cristãos e daquilo que foi o principal ponto (ou porto!) de partida para Colombo conquistar a América. Ao sul da Península Ibérica, próximo do Atlântico e do Mar Mediterrâneo, sua culinária é rica, pois é comum oferecer pratos com preparo típico de outras regiões da Andaluzia. Assim é que de tapas em tapas caminhamos por belas ruas observando os azulejos coloridos, as sacadas floridas, os vários jardins e, no meu caso, dos arabescos preservados desde o domínio mouro. Quando a noite cai é hora de saborear uma sopa fria (Gazpacho) e se procurar por um tablao (casa de flamenco). La Garbonería, casa com pátio de pedra e palco minúsculo onde o canto e a dança são espontâneos e autênticos, foi o local eleito por nós.

FOTO MB: A PRIMEIRA VISÃO DO RIO GUADALQUIVIR É UM CONVITE PARA A CAMINHADA




FOTO MB: QUE COMEÇA ASSIM



FOTO MB: E SEGUE APRESENTANDO A ARQUITETURA DA CIDADE À MARGEM ESQUERDA DO RIO
PALÁCIO DE SAN TELMO - SEDE DO GOVERNO DA ANDALUZIA


FOTO MB: A TORRE DEL ORO, EDIFICAÇÃO MOURISCA DO SÉCULO XVII, PROTEGE O PORTO


TOME NOTA 

La Carbonería - Calle Leviés, 18. Uma pequena porta, sem indicação na fachada, poderá passar em branco se você não tiver certeza do endereço. Os taxistas, em geral, conhecem o local, que fica próximo à Conde de Ibarra.

Cruzeros Torre del Oro - Se caminhar não é o seu forte, embarque em um passeio de barco pelo Rio e observe a cidade. Os barcos partem de um acesso nas imediações da Torre. Há pelo menos 2 pontes que devem ser observadas: a estaiada, projeto de Santiago Calatrava e a levadiça Ponte das Delícias. 



9.1.16

MUSEU DE LUXEMBURGO: um museu no trajeto do ônibus 63

Fã incondicional e leitora assídua do Conexão Paris, coloquei em prática a sugestão do blog de percorrer a cidade em uma linha de ônibus convencional. Foi dessa maneira que embarquei no ônibus 63, nas proximidades da Gare de Lyon. A intensão era fazer todo o trajeto olhando através da janelinha, porém, diante da igreja/praça de Saint-Sulpice eu desembarquei. A caminhada até o Jardim de Luxemburgo leva poucos minutos. No meu caso, que considero viajar ser mais que conhecer os pontos turísticos, envolveu uma esticadinha pelas redondezas. Demorou um pouco mais e resultou em contentamento!  


FOTO MB: GARE DE LYON - O PONTO DE ÔNIBUS FICA NA PRIMEIRA TRANSVERSAL


FOTO MB: SAINT-SULPICE. É OU NÃO PRA DESCER O ÔNIBUS?

Ao final da caminha pela estreita Rue Férou chega-se ao Museu de Luxemburgo, mas preferi seguir pelas ruas de Mézières e Bonaparte e desfrutar das livrarias do caminho. Demora um pouquinho mais.


FOTO MB: OS JARDINS DE LUXEMBURGO, AINDA QUE NO INVERNO, É LOCAL DE LAZER PARA OS PARISIENSES. SEM CONTAR A EXUBERÂNCIA DO PALÁCIO SEDE DO SENADO FRANCÊS


 FOTO MB: NAS MESAS, CONVERSA E JOGO DE DAMAS



FOTO MB: A FACHADA DO MUSEU - PARA AGENDA DE EXPOSIÇÕES SIGA O FACEBOOK DO MUSEU https://www.facebook.com/Mus%C3%A9e-du-Luxembourg-Paris-official-69628911730/?notif_t=fbpage_

Bom, duas horas depois estava eu de volta ao mesmo ponto de ônibus que desembarquei para retomar a jornada. E lá fui eu, olhando pela janelinha as ruas de Paris!


FOTO MB: NO TRAJETO DO 63 TEM TORRE EIFFEL, PALAIS DE TOKYO [estava acontecendo a Fashion Week Paris]; PONTE E PRAÇA ALMA; INVÁLIDOS; ASSEMBLÉIA NACIONAL; BRASSERIE LIPP... OPS! DESCI DO ÔNIBUS NOVAMENTE


FOTO MB: A BRASSERIE LIPP TEM SERVIÇO IMPECÁVEL E MUITA TRADIÇÃO. EM CADA PLACA UMA REGRA DA CASA, DENTRE ELAS, A RESTRIÇÃO AOS REFRIGERANTES, A PROIBIÇÃO DE CELULAR...





MUSEU GEORGE POMPIDOU E JEFF KOONS

FOTO MB EM FEVEREIRO DE 2015
Vamos ao Pompidou? Se sim, vocês estará à caminho do que os parisienses chamam de Beaubourg, ou seja, uma grande esplanada com uma edificação de canos e tubos aparentes que causa polêmica na cidade desde a sua instalação, em 1977. O Centre George Pompidou abriga museu de arte moderna, biblioteca pública, cinema, restaurante... É programa para uma tarde inteira...

FOTO MB: A ESPLANADA - PLACE GEORGES POMPIDOU
Você pode chegar lá facilmente de metrô -  Rambuteau (linha 11), Hôtel de Ville (linhas 1 e 11) e escolher entrar pela Rue de Renard. Tem menos fila.
FOTO MB: O MOVIMENTADO HALL E BILHETERIA
FOTO MB: A VISTA DA CIDADE ATRAVÉS DO VIDRO E DO METAL DO ÚLTIMO ANDAR
Tive a oportunidade de visitar a exposição de Jeff Koons e, confesso, de me encantar com a sua capacidade de transmitir fragilidade e leveza por meio do aço polido.
FOTO MB
Outros artistas, tais como Malachi Farrell ["Ateliê Clandestino" - documentário arte], me impressionam até hoje. A agenda do Centre Pompidou está disponível no site https://www.centrepompidou.fr/

25.4.15

PARIS NO INVERNO: APROVEITE PARA IR AO LOUVRE

Pela primeira vez visitei Paris no inverno e não tive dúvidas em dedicar esses poucos dias aos museus. Isso porque a lembrança do colorido da primavera e do ânimo das pessoas no verão teimava em me afastar das ruas, ainda que o frio fosse ameno para os padrões europeus e não houvesse neve.

O saldo foi positivo: Bati ponto no Louvre, sem fila para entrar e tendo em mãos o ingresso comprado com antecedência na FNAC do Centre Commercial Beaugrenelle - 11 rue Linois. Poderia ter adquirido o Paris Museum Card, mas não era o melhor custo benefício para a minha proposta. O ingresso permite sair e voltar ao Museu no mesmo dia. No hall de entrada, ponto de partida para a visitação, você encontra uma super estrutura de atendimento ao visitante. É ali que se tem a dimensão da grandiosidade do lugar que você entrou! Parece simples, mas escolher por qual pavilhão começar [Sully, Denon ou Rechelieu] pode ser um dilema. Então, se preferir, opte por audio-guia ou estipule um roteiro prévio. A internet está repleta de dicas para isso.

FOTO MB: LOUVRE - AULA DE HISTÓRIA DA ARTE


Enfim, caminhando sem o compromisso de estudar, de encontrar Vitória (de Samotrácia), Vênus (de Milo) e Monalisa, me perdi (literalmente) naqueles corredores. Tal fato não causou qualquer desconforto já que estava diante de uma arquitetura belíssima e cercada de arte que produz conhecimento e favorece a contemplação... Estar perdido, neste caso, significa diversão! E foi assim que, sem pressa, passei horas circulando nos quatro andares do Museu, entre Antiguidades Gregas, Romanas, Etruscas, Egípcias, do Oriente, Arte Islâmica, gravuras, desenhos, pinturas, esculturas e artes decorativas. Lá só não se vê os impressionistas e as vanguardas dos séculos XIX e XX (Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo) que estão no Museu d´Orsay.

FOTO MB: O MÁRMORE É MACIO COMO ARGILA PARA OS CLÁSSICOS


FOTO MB: O LOUVRE É BONITO POR DENTRO E POR FORA - VEZ OU OUTRA É BOM OLHAR PELA JANELA PARA VER A CIDADE
FOTO MB: AÍ VOCÊ SENTA UM POUCO PARA RETOMAR O FÔLEGO E CONCLUI QUE A HUMANIDADE É BRILHANTE! 
Depois de seis horas, com uma única paradinha para um sanduíche na tradicional Boulangerie Paul do Louvre (simples, rápido e gostoso!) deixei o Museu. Vi tudo? Não. Voltarei? Todas as vezes que puder!

FOTO MB: A GRANDE ODALISCA - NEOCLÁSSICO - JEAN-AUGUSTE DOMINIQUE INGRES

2.4.15

PLANEJAMENTO DE FÉRIAS:como transformar um único destino em quatro!

No início de 2015 eu tinha 20 dias de férias entre um compromisso no Rio de Janeiro e outro em Lisboa. O fato despertou meu lado viajante que não se conforma em arrumar mala duas vezes em tão curto espaço de tempo e, sem me preocupar com a viabilidade da coisa, decidi que seria uma única mala com capacidade de me manter fora de casa por vários dias consecutivos e de temperaturas que variariam de 30 a -2 graus. Dá para imaginar o meu sorriso de satisfação?

Foto MB: Paris no inverno - janeiro de 2015

Para viabilizar a “ideia brilhante” tive que identificar boas oportunidades ao custo de muitas horas diante do computador. O primeiro passo foi comprar passagem ida e volta Curitiba – Rio, afinal, eu sabia exatamente quando deveria ir para o casamento do meu sobrinho e estar de volta a tempo de começar o novo semestre de aulas. O desafio seguinte foi encontrar a melhor tarifa para o trecho Rio – Lisboa. Foi aí que numa simulação de compra percebi a chance de uma escala em Paris sem aumentar o valor da passagem (aquela coisa de pesquisar por múltiplos destinos, sabe?) Assim ficou resolvido: Rio – Paris  Lisboa – Rio. Nesse momento, além do sorriso, os olhos brilharam!

Foto MB:Castelo de São Jorge visto do Bairro Alto - Lisboa

A etapa seguinte incluía o levantamento geográfico e escolha de hospedagem. Ahhhh, diante do mapa, como não ver que Sevilha está tão perto de Lisboa?  Foi quando lembrei do meu projeto de conhecer as quatro Comunidades espanholas de “nacionalidade histórica” (que começou em 2011, quando passei três dias em Barcelona). Foram poucos dias de Catalunha, mas o suficiente para conhecer Gaudí. Quatro anos depois, era chegada a vez da Andaluzia. Uma pequena mostra, porque só caberia a capital Sevilha no tempo disponível. E foi dessa forma inevitável que a cidade entrou no roteiro! Ainda lamento não ter aproveitado a conexão em Amsterdã para conhecer a cidade... mas, vamos combinar, Rio de Janeiro, Paris, Lisboa e Sevilha já estava de bom tamanho! 
   
Foto MB: Nas Setas de Sevilha

15.2.14

OAKLAND – O BAIRRO DO PASSEIO TURÍSTICO NUMA CIDADE UNIVERSITÁRIA

Visitar campus de Universidades não cabe em um roteiro turístico, certo? Errado, se você estiver em Pittsburgh, na Pensilvânia. De fato, não há muita chance disso ser um hábito de viagem, mas Pitt é diferente. São vários prédios históricos, praças, igrejas, museus e teatro, fazendo com que caminhar por essa região universitária seja, de fato, um passeio turístico.

FOTO MB: SELFIE NO PORTAL

Antes de detalhar por onde andei, quero comentar sobre como cheguei lá. Parti de Squirrel Hill no ônibus 61A (poderia ter sido o 61B, 61C ou o 61D), que chegou pontualmente às 9:53h, ou seja, nem 1 segundo de diferença do apontado no aplicativo Transit. A passagem me custou US$ 2,75, daquele jeito que a gente conhece: coloca-se a quantia exata no caixa, seja em notas ou moedas, porque não há possibilidade de troco (alguns motoristas reclamam se for colocado dinheiro além da conta); paga-se na subida ou na descida (conforme orientação do motorista); estudantes não pagam, basta apresentar a carteira da universidade. Ah, não posso deixar de mencionar a paradinha do ônibus. Sabe cavalo que dobra o joelho para a montaria descer? Pois então, a suspensão dos ônibus faz o mesmo. Quando parado no ponto, ele dá uma caidinha pra direita, o suficiente para manter cerca de 10 cm entre o degrau e a calçada, e você alcança o chão sem o menor esforço. É ou não um bom lugar para se aposentar? Mas vamos ao tour propriamente dito.

FOTO MB: O CENTRO DE TUDO É O PRÉDIO DA CATHEDRAL OF LEARNING 

Imponente, a Cathedral of Learning é um prédio gótico de 42 andares que abriga a Escola Dietrich de Artes e Ciências, o Honors University College, além de estúdio de cinema, praça de alimentação, salas de estudos, escritórios e laboratórios de informática e de línguas. Para quem está lá a passeio, dá para imaginar a possibilidade de encontrar com o Harry Potter em algum momento. Foi perto de lá que desembarquei do 61A, na Fifth Av com North Bellefield Av, e onde deveria estar de volta às 16:00h para finalmente visitar Downtown.

FOTO MB: BRAGGIE DE OUTREM NA PRAÇA DA CATEDRAL CAMINHAR COM UM LINDO CÃO POR ALI, NO FINAL DA TARDE, É PURO LUXO E DE MATAR DE INVEJA!

FOTO MB: O INÍCIO DA CAMINHADA

FOTO MB: SOLDIERS AND SAILORS MEMORIAL

A primeira edificação que chama atenção é o Memorial. Foi concebido em 1890 para honrar os veteranos da Guerra Civil americana. Está afastado da rua [Fifth Avenue] por um extenso gramado pontilhado por canhões e outros instrumentos de guerra. Além do museu, o edifício abriga um auditório de 2.500 lugares, uma sala de banquetes e salas de reuniões.


FOTO MB: BELLEFIELD - IGREJA PRESBITERIANA

Seguindo pela mesma avenida vê-se o prédio da terceira igreja plesbiteriana, construído em 1851, que tem cúpula de quase 80 metros e quatro arcos gigantes. Nas laterais, vitrais retratam passagens da Bíblia. Vale lembrar que o principal grupo formador da igreja presbiteriana nos Estados Unidos foram os escoceses-irlandeses, durante o século XVIII. No oeste da Pensilvânia eles fundaram a cidade de Pittsburgh, que por muitos anos foi considerada a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos.

FOTO MB: LATERAL DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA

O Carnegie Museum of Art oferece uma diferente coleção de arte contemporânea que inclui obras de cinema e vídeo, além de arte norte-americana do seculo XIX, pinturas impressionistas francesas e artes decorativas do final do seculo XVII até agora. 

FOTO MB

FOTO MB: PROGRAMAÇÃO MUSICAL DURANTE TODO O ANO

FOTO MB: A PLACA NÃO SAIU NA FOTO, MAS ESCLARECE QUE ESTA É UMA RESIDÊNCIA PARTICULAR

Para não esquecer que estamos em um campus, durante a caminhada encontramos evidências do ambiente universitário: os três prédios do Litchfield Towers - neste dormitório estão alojados 1800 estudantes, na maioria americanos; na praça, a pantera avisa que o território é da Universidade de Pittsburgh e as barraquinhas vendem lembranças dos times universitários; várias árvores servem de quadro de avisos (quando sem os papéis grampeados, mais se parece com uma obra de arte).

FOTO MB


FOTO MB: LITCHFIELD TOWERS


FOTO MB: FEIRA DE LIVROS USADOS


FOTO MB: O BOM HUMOR DOS UNIVERSITÁRIOS DEIXAM MARCAS PELAS RUAS DO DISTRITO HISTÓRICO DE SCHENLEY FARMS 


FOTO MB: O VAI E VEM DO FINAL DA TARDE NA FORBES AVENUE


FOTO MB: AS LADEIRAS DA CIDADE


FOTO MB: A CATHEDRAL SAINT PAUL REFLETIDA NA FACHADA ESPELHADA DA MELLON UNIVERSITY


FOTO MB: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E ESTÁDIO VISTO DA O'HARA STREET


FOTO MB: AS ESCOLAS DE ENGENHARIA

Mais alguns passos e já está na hora de voltar ao ponto de encontro e seguir para o centro. Não sem antes conhecer o Museu de Arte e História Natural, é claro. A foto com o dino é uma instituição e só foi possível pela gentileza de uma senhora, que se ofereceu para registrar minha pose! 


Thanks, my dear friend!


FOTO MB: JÁ IA ESQUECENDO DA PANTERA...

27.1.14

SQUIRREL HILL: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Saí de Pitt dizendo que me aposentaria e mudaria pra lá. Também pudera, eu me hospedei em Squirrel Hill, um bairro residencial de muitos estudantes universitários, distante apenas 4 km do centro e que desde a sua ocupação inicial não passou por abandono. Ele mantém lindas casas de tijolinhos vermelhos, ruas arborizadas, mercearias à moda antiga, restaurantes étnicos, delicatessens, casas de chá, cafeterias, comércio descolado e um cinema. O paraíso para alguém que como eu só andaria a pé pelas redondezas e se comunicaria em portspanglish

FOTO MB: PASSEANDO POR SQUIRREL HILL

Como um hábito de viagem, comecei indo ao mercado para me familiarizar com a vizinhança e abastecer a geladeira da maneira mais americana possível. Deu certo. Foi atividade para boa parte do dia, já que anoitecia por volta das cinco e eu gastei horas no Giant Eagle esmiuçando as prateleiras, observando diferentes frutas e vegetais, além de papear com o tímido atendente de caixa que havia iniciado um curso de espanhol. 




FOTO MB: Foi lá que, pela primeira vez, usei o cartão de vantagens. O tal código de barras é quase uma instituição que o americano coleciona no chaveiro e permite obter descontos ou preço diferenciado para produtos assim etiquetados. Funciona que é uma beleza e a variedade de produtos é grande. É simples assim: você não precisa juntar pontos, basta apresentar o cartão no final da compra. Aliás, levei uma bronca no caixa da farmácia Rite Aid porque não tinha um deles – Como assim, não tens cartão? Não vou poder lhe dar desconto? Obedientemente forneci o número de telefone, recebi o cartão e, finalmente, o sorriso da atendente ao diminuir o valor da compra!

FOTO MB: AS RUAS NÃO SÃO PLANAS, MAS SÃO MUITO AGRADÁVEIS

Duas avenidas concentram as atividades comerciais do bairro: Forbes e Murray. E foi prá lá que eu fui depois de conhecer um pedacinho do Schenley Park e a Artist & Craftsman Supply da Hobart Street. Nem preciso dizer que me senti em casa, já que sou obcecada por caixa, papel, pincel, tinta, lápis...

FOTO MB: OS ÔNIBUS FAZEM TORCIDA PARA OS TIMES - CADA LINHA INCENTIVA UM DELES - E, ALÉM DE CARREGAR A BICICLETA DO PASSAGEIRO CANSADO DE PEDALAR, OFERECEM AQUECIMENTO


É na Murray Av que está a Jerry's Records, conhecida como a melhor e a mais barata coleção de vinil dos EUA. Tem também o Gullifty's Restaurant, criador do Lip Smackin Barbecue Sauce, indicado pelo chef Emeril Green como o melhor de todos os molhos BBQ. As fachadas das lojas podem não ser muito atraentes, mas a variedade do comércio impressiona. Na Forbes isso muda um pouquinho. Fui atraída pela cozinha do Bangkok Balcony, pelos acessórios da Biketek, pela variedade de chás da Tea Pittsburgh e, principalmente, pelas peças feitas à mão por artesãos de vários países na Ten Thousand Villages. O Projeto deles pode ser visto aqui e vale conhecer.

Da curta caminhada pelo Schenley Park ficou a melhor das impressões de um espaço público. A grande área verde de 5 km quadrados, criada em 1889 com o terreno doado pela herdeira Mary Schenley, oferece trilhas, bosque, campo de golfe, lago, centro de visitantes, piscina e muita beleza natural. Só ele permitiria atividade para um dia inteiro.

FOTO MB: COMO VARRER TODA A ÁREA DO SCHENLEY PARK DEVE SER IMPOSSÍVEL, UM CARRINHO SOPRA AS FOLHAS PARA A BEIRADA DOS CANTEIROS

FOTO MB: ENCONTRE UM BANQUINHO E APRECIE A FAUNA NO SCHENLEY PARK

Mas muita coisa ainda precisava ser feita. Da colina do Schenley é possível ver o contorno da "cidade universitária" e isso foi o suficiente para aguçar a curiosidade. O dia seguinte foi dedicado a isso. E, pasmem, só lá, com a calma de quem quer se aposentar na cidade, andar a pé e falar portspanglish, também teve atividade para o dia inteirinho!

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