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13.12.13

FIM DE SEMANA CARIOCA

Este post está atrasado um ano. Ainda assim merece registro esse roteiro rápido e idealizado para satisfazer a curiosidade de duas amigas curitibanas sobre o Rio de Janeiro. O bacana é que ele não priorizou pontos turísticos mas locais que despertaram o interesse das duas ao assistirem um filme, uma novela ou simplesmente por ter sido manchete no noticiário. Além disso, a intenção foi vivenciar a rotina carioca, ou além disso, ser carioca ainda que por um breve final de semana. E assim foi feito.

Para aproveitar a noite da chegada, não houve dúvidas sobre os Arcos da Lapa. Aquela velha e animada Lapa do Bar da Boa, do Circo Voador, da Fundição Progresso, do Carioca da Gema, do Rio Scenarium, entre outros, e da Feira Rio Antigo da Rua do Lavradio - que só acontece durante o dia no primeiro sábado do mês. É andar pela rua desde os Arcos até a Mem de Sá e escolher a mesa que parecer mais agradável!

FOTO MB: CAMARÃO E COCKTAIL COLOMBO (É ASSIM QUE ESTÁ ESCRITO NO CARDÁPIO)

Depois de uma boa noite de sono, atire a primeira pedra quem nunca ficou “curioso” com a Rua da Alfândega. A manhã de sábado era perfeita para circular pelo centro da cidade – comércio aberto, mas com pouco movimento de carros e de pessoas se comparado aos dias úteis; Candelária e centros culturais com pouca gente e a Confeitaria Colombo bombando ao meio-dia; a visita guiada do Teatro Municipal preencheu parte da tarde e o chopp no lendário (porém caidinho) Amarelinho encerrou a caminhada urbana, não sem antes ter passado pelo Museu de Belas Artes, pela Biblioteca Nacional, pelo Arco do Teles e pelo Paço Imperial. Aqui cabe registrar uma decepção, não só minha mas de um grupo de turistas japoneses, ao sermos impedidos de visitar a belíssima Igreja do Carmo, na Rua 1º de Março.

FOTO MB: NA VARANDA DO TEATRO MUNICIPAL

Final de tarde e ainda deu tempo de conhecer a praia de Copacabana, comprar biscoito Globo e visitar a Feira de Tradições Nordestinas (a Feira de São Cristóvão). A buchada de bode e o baião de dois ficaram para uma próxima oportunidade, já que depois do sucesso da novela Avenida Brasil, parecia impossível não conhecer a Estudantina. E lá fomos nós. No final dos anos 80 enfrentei muita fila para balançar o esqueleto naquela pista da Praça Tiradentes, que desde a inauguração (1942) coleciona períodos de glória e de ostracismo. Quer saber, continua igualzinho: as mesmas toalhas na mesa cobertas por plástico, o mesmo garçom apressado e a conta anotada em um pedaço qualquer de papel. Vá lá, elas (as amigas curitibanas) “tinham” que conhecer.


FOTO MB: A TRADIÇÃO DO CORDEL

Domingo, Cristo Redendor entre nuvens, a opção foi Santa Teresa. Tradicionalmente lá vivem intelectuais e artistas e pode-se dizer que o bairro é um polo gastronômico, principalmente ao redor do boêmio Largo dos Guimarães. Ateliês e restaurantes é o que não falta por lá. Na volta, paradinha para conhecer a Escadaria do Selarón e apreciar os azulejos de várias partes do mundo que ele pacientemente aplicou no caminho de sua casa/ateliê. Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar...

O dia era curto e rumamos para o residencial bairro do Grajaú em busca do melhor joelho de porco assado em “televisão de cachorro”. Tomamos uma mesa na calçada arborizada do Enchendo Linguiça e planejamos a ida ao Bip Bip, em Copacabana. 

FOTO MB: DE SANTA TERESA AO GRAJAÚ NÃO HÁ NADA IGUAL

Alguém já ouvir falar no Bip Bip? Pois é, eu também não conhecia. Fui até lá por insistência de uma curitibana que sabia da fama daquele metro quadrado que é ponto de encontro para os apreciadores de samba e choro. Nas paredes, fotos de grandes sambistas, recortes de jornal falando do bar e do Botafogo, além de caricaturas do dono do estabelecimento – Seu Alfredo. Lá não há garçom. O cliente faz o pedido diretamente ao proprietário e pega a sua própria cerveja no freezer. Os músicos ficam nas 3 únicas mesas do bar e o público, com suas latinhas de cerveja na mão, na calçada. Música da melhor qualidade.

FOTO MB: É ASSIM NO BIP BIP, DESDE 1968


E assim elas viram um pouco do Rio de Janeiro: andaram de taxi, de ônibus, de carro e de Metro; avistaram o Maracanã, a Central do Brasil, a Rocinha e o Vidigal; caminharam na Lagoa Rodrigo de Freitas e conheceram o Jardim Botanico e o Parque Lage. Sem dúvida, um pouco do muito que já ouviram falar no Jornal Nacional. Adorei, meninas!


FOTO MB: CENTRO CULTURAL ESTUDANTINA - A PROGRAMAÇÃO VOCÊ ENCONTRA AQUI  
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