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12.2.10

ENFIM, CACHI

Em quechua, Cachi significa sal. Na minha língua, significa visão-que-eu-queria-ter-da-janela-da-minha-casa-todas-as-manhãs. Com 5.000 habitantes, a maioria descendente da cultura Diaguita-Calchaquí, tem plantações de cebola e de pimentão e picos nevados. Está a 2.260 msnm, ao pé do Nevado de Cachi que, por sua vez, é o segundo maior monte depois do Aconcagua. Por isso, é um centro de treinamento para alpinistas.
Foto: MB - Igreja de São José (teto de madeira de cardon), ao lado do Museu de Arqueologia


Foto: MB - detalhe do painel pintado por Marcelo D. para o Museu de Arqueologia Pío Pablo Díaz, no Parque Arqueológico El Tero, 2007

A área do cemitério (construído no alto, como manda a tradição Inca) é um mirante. Ouvi histórias sobre OVNIs, mas não vi e nem fiquei pra ver... só sei que uma noite de lua cheia deve ser uma belezura. Outra história que me contaram é que os quintais das casas são verdadeiros sítios arqueológicos...


Foto: MB - vista do Mirador del Norte

Foto: MB - Casas de pedra e adobe rodeiam a igreja de são José (1796) e o Museu de Arqueologia. O tempo passa lentamente.


Foto: MB - O almoço, uma delícia: cabrito, claro!


Foto: MB - o único comércio aberto durante a siesta

post relacionado: O caminho para Cachi e O Noroeste argentino

11.2.10

VALLES CALCHAQUIES: o caminho para Cachi

Confortavelmente acomodados em um 4x4 capaz de transpor o íngreme, estreito e “caracolante” caminho até Cachi, iniciamos nosso primeiro roteiro ao sul de Salta. Já nos primeiros povoados - Cerrilos, La Merced, El Carril e Chicoana – era possível vislumbrar a soberania da natureza. Seguimos pela Quebrada de Escoipe e pelo Valle Encantado (Cuesta del Obispo), acompanhando o Rio Ticuana até a Piedra Del Molino (3.348 ms). Cachi é meio do caminho para as vinícolas de Cafayate. A névoa da foto é natural.

Foto: MB - Piedra Del Molino

Cabritos, vacas, papagaios e condores fazem parte da paisagem. Parar para admirar e fotografar é obrigatório.

Foto: MB - Final da reta Tin Tin

Ingressamos na Recta de Tin Tin para iniciar a “descida” até Payogasta. É o início do Parque Nacional Los Cardones: cactos de até 300 anos e vários metros de altura dividem espaço com escorpiões, aranhas, cobras e amancay. Tudo isso com a Paleta Del Pintor de Salta fazendo fundo. Lindo. No detalhe da foto, a madeira produzida de cardon seco. É utilizada em portas, telhados, cadeiras, artesanato...

Foto: MB - los Cardones. Em detalhe a madeira, a mãozinha é para evitar o sol besta!


Foto MB - A flor do deserto florece por 2 a 3 semanas no verão. Dizem que quem dá uma flor de amamcay está oferecendo o coração...


Outra paradinha obrigatória é em Payogasta, de onde é possível ver os picos nevados de Cachi, de Palermo e de La Poma e comprar temperinhos básicos e típicos da região (lembre-se, não há empanada melhor que as salteñas!)

Foto: MB - sim, comprei um pouco de quase tudo!

Aquilo que não vou esquecer: Tudo que vi e, principalmente, a fragilidade do solo. Por ser um vale, os leitos dos rios transformam o solo em uma renda e o desmoronamento é muito comum. Fuja de lá se estiver chovendo!

O NOROESTE ARGENTINO: SALTA E JUJUY

Já pensou na possibilidade de ir do Vale à Puna em poucas horas e dialogar com diversidade e especificidade um dia inteirinho? Pois bem, no Noroeste Argentino, além de possível é um troço de embasbacar (sem qualquer relação com o soroche). É difícil registrar em foto. Alguns detalhes impressionam, mas não tanto quanto o todo que a vista alcança. Acredite, está tudo lá: as Serras Subandinas, a Cordilheira Oriental, a Puna e os Vales.

Foto: MB - Rio e estrada se confundem no Valle Calchaqui - Cuesta del Obispo, caminho de Cachi   

O roteiro que fizemos foi tímido, mas o suficiente para entender aspectos da região. Nosso quartel general foi Salta, La Linda! O primeiro deles, que fizemos com a Kalanchi Viajes y Turismo, nos levaria ao norte, por Purmamarca, até as salinas do altiplano. Nada disso. Justamente naquela manhã um piquete que envolvia questões trabalhistas da usina termoelétrica interditou a ruta entre Salta e Jujuy. Mudamos o rumo em direção ao sul e percorremos fantásticos 200 km do Valle de Lerma ao Valle Calchaquí. Visitamos Cachi.
Ainda extasiados, no dia seguinte rumamos em direção ao norte: Purmamarca – Tilcara – Humahuaca – San Salvador de Jujuy, e todos os povos que encontramos pelo caminho. Vou ter que repetir: é de embasbacar! É um abuso a quantidade de cores que vemos nas montanhas de lá. Desisti das salinas quando percebi que esses lugares não podem ser vistos “de passagem”. Estão lá para serem admirados com calma. Pensei: oba, oba, tenho que voltar!
Foto: MB - Quebrada de Humahuaca

Outros dois dias e noites foram dedicados a Salta. De acordo com o nosso jeito de visitar uma cidade e a siesta local, menos seria impossível.
Foto: MB - Torre da Catedral de Salta, vista do Cabildo
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