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5.3.19

CARTAGENA DE ÍNDIAS: A CIDADE COLONIAL MAIS PRESERVADA DA COLÔMBIA QUE É PURO CHARME!

Cartagena de Índias estava na lista de desejos fazia tempo. As credenciais eram o centro histórico, as igrejas centenárias, a música, a gastronomia e as praias do caribe colombiano. Como seria, de fato, essa cidade com ares de Andaluzia, ensolarada, famosa pelos festivais de música e de cinema, preços compatíveis com os praticados no Brasil, no mesmo continente e com pôr do sol inesquecível? Fui lá conferir.




CENTRO HISTÓRICO visto de Santa Isabel - Foodtrucks Bahía Fest | Estacionamento do Centro de Convenções ao pôr do sol (foto1) e da Baía das Almas ou Baía de Cartagena ou, ainda, simplesmente Baía. O barco parte do mole La Bodeguita. O prédio modernista do lado direito é o Centro de Convenções (foto 2).


PARA ONDE VOU?

Fiz minha “lição de casa” antes de visitar essa linda cidade, conhecida como La Heroica e declarada Patrimônio da Humanidade. Para mim, uma viagem é mais proveitosa quando saímos de casa com o conhecimento prévio do mínimo daquilo que considero necessário para entender os monumentos, as estátuas em praças públicas, as edificações e os nomes das ruas. Dentre as informações que levei na bagagem, destaco:

1. Cartagena de Índias é a capital do departamento de Bolívar, que junto com outros 31 departamentos formam a República da Colômbia. A capital do país é Bogotá, que fica no departamento de Cundinamarca, centro do país, na região andina, e distante apenas uma hora e meia de voo de Cartagena. Lá, só visitei a Praça Bolívar, durante as 6 horas da conexão. Conto depois. Lá as ruas são conhecidas por mais de um nome. Por exemplo, a Calle 25 é também a Calle Larga. Logo, um prédio na Calle Larga com Pedregal, N°25-28 pode ser localizado como Calle 25 com Carrera 11. La Cochera del Hobo é também Carrera 8 e a Espíritu Santo, Carrera 10C. A numeração das casas eu não entendi até agora!




2. Cartagena de Índias tem três localidades - Histórica e do Caribe Norte, Da Virgem, Turística e Industrial e a da Baía. Cada localidade é formada por comunas. Comunas concentram os bairros. Explico: a localidade Histórica e do Caribe Norte é formada por 11 comunas. Fazem parte da primeira comuna os bairros de Bocagrande, Centro, Chambacú, Crespo, El Cabrero, El Laguito, Getsemaní, La Matuna, Manga, Marbella, Pie de La Popa e San Diego. A segunda comuna da localidade concentra os bairros de Cerro de La Popa, Espinal, La Paz, Loma Fresca, entre outros. O turista fica pelos bairros da primeira comuna e com os passeios às ilhas...


FONTE: DONDE - GUIA TURÍSTICO DE CARTAGENA | WWW.DONDE.CO | distribuição do impresso nos pontos de informações turísticas, nos hotéis e nos aeroportos.

3. Os táxis não usam taxímetro. É necessário combinar o valor da corrida com o taxista e, assim como acontece em Lima (Perú), os motoristas se oferecem para os passageiros. São muitos e buzinam insistentemente para chamar a atenção.


4. As tomadas de Cartagena, normalmente, possuem dois pinos chatos. Utilizei muito o adaptador. O Wi-Fi na rua é utopia, embora várias praças tenham indicação de uso. Vendedores ambulantes vendem SIM card da Claro, da Movistar e da Tigo em várias esquinas. Enquanto estive lá, aconteceram dois apagões da rede.


DE OLHO NO PASSADO


Cartagena de Índias (de Índias, já que tem Cartagena na Espanha) foi fundada por Don Pedro de Heredia (1533), em Nova Granada (Colômbia e Venezuela atuais), sobre os povoados de Tubarco e Calamar (onde hoje é o “Centro Amurallado”). Naquela época, era um dos mais importantes portos da América colonial por escoar ouro e prata para a Europa e receber africanos escravizados. Exatamente por essas condições sofria constantes tentativas de invasões por piratas e por tropas francesas, holandesas e inglesas. Para tentar proteger o porto dos ataques, Felipe II (Rei de Espanha) construiu uma muralha com 11 km de extensão, baluartes estratégicos, guaritas e algumas fortificações.

OS BALUARTES FICAM "NAS ESQUINAS" DA MURALHA. AQUI, NO FINAL DA TARDE, O DE SANTA CATALINA | Avenida Santander | Praia Las Tenazas | Forte Las Tenazas.

A vida seguia assim, até quando se deu a independência (1811) da Espanha. A Revolução dos Comuneros (1781), decorrente da insatisfação da população com os altos impostos cobrados pela Coroa aos produtores de tabaco e de aguardente, pode ser considerada o pontapé inicial do processo de independência que culminou com negociantes e políticos reunidos no bairro de Getsemaní. Defendiam, por exemplo, a ocupação de cargos públicos e militares por “criollos” e o fim da Inquisição. Getsemaní: guarde esse nome!


A CIDADE AMURALHADA


A PRIMEIRA VISÃO DO CENTRO HISTÓRICO A PARTIR DA TORRE DO RELÓGIO


PELO LADO ESQUERDO DA TORRE DO RELÓGIO

Um dos principais acessos para o interior da muralha é a Torre do RelógioÉ o início da Rota identificada como Herança Africana. O Portal de los Dulces é a primeira visão. Nele, barraquinhas dos mais variados doces intrigam o paladar. Seguindo pelo lado esquerdo, o trajeto apresenta a Aduana, a igreja-convento de San Pedro Claver, o Museu de Arte Moderna. Dalí em diante, é seguir a intuição.









A intuição primeiro me levou da Praça de San Pedro Claver ao Baluarte de San Francisco Javier e ao Museo Naval del Caribe.


VISTA DO BALUARTE DE SAN FRANCISCO JAVIER | MUSEU NAVAL DO CARIBE



Se eu tivesse contornado a Igreja de San Pedro pelo lado direito, eu teria encontrado a Plaza de Bolívar, com o Museu da Inquisição, o Museu do Ouro (em restauração) e, em seguida a Catedral de Santa Catalina de AlejandríaEsticando um pouquinho mais a caminhada, a Plaza de Santo Domingo. Se for mais além, verás a obra prima que é o Teatro Heredia ou Adolfo Mejía.




PLAZA DE SANTO DOMINGO: ALÉM DA IGREJA E DO CONVENTO DE MESMO NOME, A PRAÇA EXIBE A ESCULTURA DE BOTERO | Gorda Gertrudis (Figura reclinada nº 92).




TEATRO HEREDIA (NOME DO FUNDADOR DA CIDADE, LEMBRA?). ATUALMENTE, TEATRO ADOLFO MEJÍA (MÚSICO COLOMBIANO). LINDO POR DENTRO E POR FORA. VALE A VISITA GUIADA. 


O Teatro não tem programação própria, mas recebe eventos e até casamentos! Durante o período em que lá estive aconteceram dois shows que faziam parte das atividades do HAY FESTIVAL CARTAGENA DE INDIAS.

TEATRO LINDO POR DENTRO E POR FORA


No segundo dia a gente entende que o Centro Histórico é grandioso, mas não tão grande que não se possa conhecê-lo a pé, e pouco importa o trajeto escolhido ou por qual acesso você chega até ele. Tudo, tudo mesmo, é uma descoberta agradável. Bom mesmo é perder-se pelas ruas estreitas, descobrir lugares e, acima de tudo, vivenciar a efervescência do local. Ouve-se vários idiomas ao mesmo tempo. Uma centena de vendedores ambulantes nos abordam a cada passo e oferecem chapéu, água, fruta, pulseira, visita guiada, cigarros e charutos cubanos... Bom treinar o "no, gracias" para conseguir caminhar. Alguns insistem e puxam conversa. São gentis e respeitosos. Aceitam sem mágoa a negativa de compra. Estabelecida "a manha", caminhe sem pressa e não economize nas fotos. Siga a direção de alguma torre avistada e chegarás em uma praça ou outro lugar muito interessante. 

PELO LADO DIREITO DA TORRE DO RELÓGIO

O trajeto pelo lado direito da Torre do Relógio implica na Plaza de los Coches, de onde partem os coches que passeiam pelo Centro e abriga a estátua de Heredia. É um ponto de partida para o bairro San Diego. 


A Carretera 7, ou Calle Primera de Badillo, é uma linha reta até a Plaza Fernandez de Madri, em direção à San Diego. Mas a rua paralela também. Ambas, com lojas de câmbio, palenqueiras, artesanato, tecidos e a Libreria Nacional. Na praça, a Igreja de Santo Toríbio ocupa um dos quatro cantos. Restaurantes, bares, sorveteria e ambulantes completam o cenário. Para além da Praça, seguindo pela Calle Tumbamuertos ou pela Las Bóvedas você chegará em Las Bóvedas de Santa Clara. O antigo alojamento de tropas e depois prisão agora concentra lojas de artesanato. Sobre elas, o mirante de Santa Clara oferece uma belíssima visão do pôr do sol.








A PALETA DE CORES DE CARTAGENA DE ÍNDIAS

Há tantas cores pelo caminho que você quer fazer parte da paleta. Aí você pensa: será que a cor da roupa combina? Tudo combina com Cartagena, desde que você use chapéu e filtro solar! Sempre.







FACHADAS, BALCÕES E ALDABAS 

Olha, são muitas fachadas, balcões e ruas que merem uma foto! Voltei de lá com mil delas. Mas, onde ficam esses lugares fotogênicos? Ora, tem várias listas de ruas "mais fotogênicas" e "curiosas" da cidade na internet. Dê uma olhadinha aqui, por exemplo. No entanto, Cartagena pode ser vista e fotografada de várias maneiras, a partir do olhar, do interesse pessoal e da curiosidade de quem fotografa. No meu caso, arquitetura, cores, grafite e aldabas encabeçaram a lista.

Sou apaixonada por aldabas - aquelas alças lindas de morrer, moldadas em ferro ou bronze, fixadas nas portas de entrada das casas para funcionar como chamadores e que foram substituídas pelas modernas campainhas. De tanto perguntar, fiquei sabendo que as aldabas (ou a melhor reprodução delas) podem ser compradas em uma pequena loja de artesanato | copiadora | joalheria e outras coisa mais, localizada nas proximidades da Universidade, da Praça dos Estudantes e da loja La Esquina del Pandebono. Viu só como cada metro quadrado é cheio de surpresas?  Isso tudo é na Calle San Agustin, esquina com a Cl. 36. 




Muitas fachadas de igrejas são coloridas, como essa de São Roque. Tem uma postagem só sobre as igrejas de Cartagena mais adiante.







Ainda que a prefeitura incentive o plantio de flores nos balcões ao promover um concurso anual, o capricho dos moradores é evidente. A fachada abaixo, à esquerda, reúne tudo aquilo que eu gosto: azulejo, aldaba, balcão, flor, telha de cocha... Morri.


A paleta de cores segue pra lá de caprichosa. Harmoniza a cor do degrau com a das flores e simula o azul do encontro do céu cartagenero com o mar profundo.



É caminhando pela cidade que observamos algumas peculiaridades. São paredes e muros construídos com corais, palenqueiras, chivas, vendedores de frutas, suco "em aquário", água de coco fría e o trio refrescante formado por chapéu de paja toquilla Sandoná, cerveja Club Colômbia e a limonada de coco.












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CALLE DON JUAN | GETSEMANÍ

Viagem é assim: escolhe um lugar, compra a passagem, procura por hospedagem e voilà! Foi na hora de escolher onde baixar as malas que observei os comentários sobre o Centro Histórico e Boca Grande - alternativa para quem prefere os hotéis de rede, com bom custo x benefício e de fácil acesso ao centro. Getsemaní aparecia como bairro cool, de vida boêmia, de noites barulhentas e fora da muralha. Por não ter organizado a viagem com antecedência, a mais conveniente oportunidade de hospedagem que encontrei foi em Getsemaní. Hoje, depois de visitar Cartagena, indico Getsemaní como a melhor opção de hospedagem na cidade! Explico. Boca Grande não me dá a sensação de férias. O bairro, apesar da praia de águas mornas e do belíssimo pôr do sol é urbano demais para o meu gosto. A praia tem pequena faixa de areia escura e calçadas estreitas que não favorecem a caminhada. O acesso ao Centro Histórico, apesar de próximo, deve ser feito de táxi. É um trajeto por uma grande avenida e nenhum comércio. Portanto, Boca Grande é para quem gosta de prédios altos e resorts.



Boca Grande vista da Baía das Almas, mas poderia ser Camboriú (SC), Barra da Tijuca (RJ) ou Santos (SP), não?

Descarto a hospedagem no Centro Histórico pela tentativa de desfrutar da noite ao ar livre. Os restaurantes localizados ao redor das principais praças estendem suas mesas e criam um ambiente muito agradável, mas os vendedores e os artistas de rua não dão 1 minuto de sossego. Desfrutar dos ambientes fechados do Centro Histórico (e são muitos!) não implica em estar hospedado lá. Pense nisso!

O Centro Histórico concentra o maior número de turistas. Ruas cheias dia e noite.

A DESCOBERTA DE GETSEMANÍ


Cheguei em Cartagena no vôo das 23hs. Na manhã seguinte, só boas surpresas. O hotel escolhido foi o Armeria, no limite de Getsemaní com a ponte de Manga. O pátio interno com árvores frutíferas (carambola), pássaros, ventiladores e ombrelones funcionava como um oásis pré ar-condicionado do quarto.


Do terraço era possível avistar os dois pontos turísticos fora da muralha mais indicados à visitação. De tão perto é possível ir à pé, mas com o calor local isso está fora de cogitação. À esquerda, o Castelo San Felipe de Barajas. Confesso, não fui lá, já que o acesso final era por escadas... À direita, La Popa, o ponto mais alto da cidade, com convento aberto à visitação. Preferi admirá-los do bar do hotel.


Castelo | La Popa | Ponte sobre a Laguna San Lazaro | Baluarte El Reducto

O Armeria está a 1km da Torre do Relógio. A Torre está em linha com o Paseo de Los Mártires. Pois bem, seguindo até lá pela Calle del Arsenal, que serpenteia a Baía e não tem uma sombra sequer, passa-se pela área do food truck - dono de uma vista de tirar o fôlego e sem vendedores ambulantes. Mais adiante, pela lateral do Centro de Convenções. 



Seguindo pela Calle Larga, paralela a Arsenal, também se chega ao Paseo de Los Mártires. Nesse trajeto, pelo qual o casario oferece alguma sombra, estão o Centro Comercial de Getsemaní e a Pasaje Leclerc. Esses dois lugares de comércio popular são interessantes pois oferecem o artesanato do Centro Histórico com preços mais atraentes. 


No final da Calle Larga, na esquina com o Paseo e o Centro de Convenções, está a Igreja da Ordem Terceira, em seguida aos seus arcos o Teatro de Cartagena (em restauração) e do Bar QuiebraKanto (noites com música caribenha). Já estamos em La Matuna, um minúsculo bairro entre Getsemaní e San Diego.



Desse ponto temos lado a lado o Centro de Convenções, o mole Los Pégasos, o Paseo de Los Mártires e o Parque CentenárioDigamos que o portal amarelo do Parque indica um oásis cercado por uma feira de livros e outra de artesanato local. O cenário fica completo com a Torre do Relógio ao fundo. 


O terceiro trajeto possível passa pelo coração de Getsemaní. Tem tanta coisa nesse trajeto que a gente acaba ficando pelo bairro. Então, vamos fingir que só interessa chegar na Torre, ok? Para isso, dobre à direita na Calle de La Aguada, a segunda transversal da Calle Larga. Siga até a igreja/praça de La Santíssima Trinidad. Da praça parte a Calle de La Sierpe, que termina na lateral do Parque Centenário. Lembre-se que o objetivo é ir ao Centro Histórico pelo portal da Torre do Relógio. Melhor não olhar para os lados, pois você ficará tentado pela: 

Plazuela del Pozo



A pequena praça tem um poço e as esculturas de ferro do cartagenero Edgardo Carmona, que retratam o cotidiano de Cartagena e também estão em outros pontos da cidade. Se antes era lá que o povo se reunia para os "fandangos" e partirem para a romaria da Festa de Reis, hoje são os turistas que frequentam os restaurantes e, junto dos moradores locais, desfrutam da apresentação de músicos (artistas de rua) e garantem um movimento noturno agradável. É uma área residencial. Vi aniversário sendo comemorado no banco da praça. Vendedores? Tem, mas em menor número e a abordagem é mais sutil.



Se durante o dia a praça está vazia, à noite há várias atrações musicais. Nesta noite, no intervalo de duas horas, presenciei 4 apresentações, dentre elas a do Hot Bones, que vai do swing ao jazz e os Tambores de Cartagena. A dança típica brinca com as tochas e a rua se transforma em palco.  

Iglesia de La Trinidad | Plaza de La Trinidad

A igreja de la Santísima Trinidad (1643) reina na praça rodeada por barraquinhas de frutas e comida depois das quatro da tarde. Um deleite de cores e sabores, se observados do balcão. A noite ferve por lá. A escadaria da igreja vira palco para aula de rumba nas noites de sábado.









Calle de La Sierpe


O nome da rua diz respeito ao fato de moradores ouvirem um ruído semelhante ao de uma serpente muito grande se arrastando pela rua durante a noite. Lenda ou não, essa rua que desemboca no Parque Centenário, tem muros coloridos por grafites, hostels, hotéis e o restaurante Cháchara. Voltarei ao assunto.





Diversidade e autenticidade são duas palavras que definem Getsemaní. O bairro explicita isso em suas fachadas e nos moradores que compartilham suas calçadas com os turistas.



Ruas residenciais ornamentadas pelos moradores para os moradores atraem os olhos e despertam a curiosidade, como os "paraguas" da calle Angosto e os grafites espalhados pelo bairro. Getsemaní resiste ao avanço imobiliário. La Tablita é um exemplo. Seu proprietário recusou milhares de dólares oferecidos por uma grande rede americana de hotéis. Resiste e abraça os moradores.














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