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2.8.08

PUCÓN: UM JEITO PRÓPRIO DE VER O CHILE 3

3ª PARADA: PUCÓN (no verão)

Pucón é uma cidadezinha simpática e charmosa na (pré) Cordilheira dos Andes em torno do Lago Villarrica. Tem diversão o ano inteiro: no verão, ecoturismo, lagos e cachoeiras e no inverno, termas e esportes na neve. Localizada na Región de la Araucanía (9ª região do país), a 780km ao sul de Santiago, tem muitos vulcões, entre eles o Villarrica - um dos mais ativos da América do Sul, com 2.800m de altura. Era pra lá que eu queria ir.

A maneira mais fácil para chegar em Pucón é por avião, pousando em uma das duas cidades mais próximas que dispõem de aeroporto: Temuco ou Valdívia (TAM, Lan e Sky). De Temuco ou de Valdívia até Pucón o trecho é feito de carro ou ônibus (em média 100km de estrada). Nossa opção foi sair de Santiago, direto até Pucon, de ônibus (TUR BUS). Opção mais econômica e interessante para observar a paisagem de vinhedos e trigais. As estradas do país são boas, as empresas têm ônibus confortáveis e com bons serviços. No entanto, foram 10 horas na estrada contra as 4 horas de avião + carro. Há de se pensar...

FOTO MB: Terminal de Pucón

No verão, Pucón tem, no mínimo, de 15 horas de sol. Então, bora lá aproveitar o dia! Check in no hotel La Casona de Pucón para, em seguida, organizar a programação: passeio de barco por La Poza, pelo Lago Cabúrgua e suas praias, rafiting no Rio Trancura e subida ao cume do vulcão Villarrica. Apesar de seu cume estar coberto por neve o ano todo, no verão o Villarrica interrompe as atividades da estação de esqui e oferece alpinismo e visita guiada até à cratera. Pronto. Organizada a aventura, hora de conhecer a cidade.

FOTO MB: O aconchego do Hotel La Casona, com pão caseiro no café da manhã!

Caminhar pela Av. O'higgins é caminhar pelo coração da cidade. É lá que estão lojas, restaurantes, lanchonetes e as agências que organizam os passeios na região. Em uma transversal da avenida, o pequeno Mercado Municipal. Muito pequeno mesmo. Na Plaza de Armas, o Centro Artesanal Pucón e as estátuas do povo originário Mapuche.

FOTO MB: artesão em produção e as suas flores de madeira tingida


FOTO MB: empanadas no Oasis; cordeiro e javali no Madre Tierra. Por lá, a variedade dos pães agrada a qualquer paladar.




FOTOS MB: La Poza e Carbúgua (com direito ao mergulho nas águas geladas)


FOTO MB: pôr-do-sol (21h) na Playa Grande, de água doce e cascalho vulcânico

FOTO MB: pôr-do-sol refletido no Villlarrica. Eu olhava para essa imagem e pensava "amanhã estarei lá"

John Barriga, do Sol y Nieve - agência de turismo local que organizou de maneira impecável os nossos passeios -, fez de tudo para me convencer de não subir o vulcão Villarrica durante a prova das roupas e equipamentos na noite anterior. Teimei e não deu outra coisa: faltou fôlego e o meu "cume" foi conquistado no meio do caminho. Ainda assim desfrutei de uma vista ma-ra-vi-lho-sa. Faz de conta que eu não queria mesmo ver a cratera do vulcão com lavra em movimento e respirar o ar com enxofre.

FOTO MB: a subida começou cedo e foi possível ver a cordilheira surgir da bruma

FOTO LIMA: Papo estratégico com o guia Marco para comentar a vista e, em verdade, atenuar a exaustão pelo peso dos equipamentos e o ar rarefeito

FOTO LIMA: Aqui foi "la cumbre" para mim. Fiquei sentada por meia hora até o guia voltar da casa-base do teleférico (que só funciona no inverno). Os demais seguiram com outro guia até a cratera. As fotos são lindas, mas não são minhas.


Aquilo que não vou esquecer:  as caminhadas noturnas iluminadas pelo reflexo da lua no Villarica, as empanadas da panaderia Oásis (tinha fila para comprar e acabavam em meia hora), a "areia" da praia de cascalho de lavra de vulcão, o passeio de barco por La Poza e da viagem de ônibus passando por vinhedos e trigais, para conhecer um pouco mais de perto esse país de área extensa e tão pouco povoado.
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