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27.1.14

SQUIRREL HILL: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Saí de Pitt dizendo que me aposentaria e mudaria pra lá. Também pudera, eu me hospedei em Squirrel Hill, um bairro residencial de muitos estudantes universitários, distante apenas 4 km do centro e que desde a sua ocupação inicial não passou por abandono. Ele mantém lindas casas de tijolinhos vermelhos, ruas arborizadas, mercearias à moda antiga, restaurantes étnicos, delicatessens, casas de chá, cafeterias, comércio descolado e um cinema. O paraíso para alguém que como eu só andaria a pé pelas redondezas e se comunicaria em portspanglish

FOTO MB: PASSEANDO POR SQUIRREL HILL

Como um hábito de viagem, comecei indo ao mercado para me familiarizar com a vizinhança e abastecer a geladeira da maneira mais americana possível. Deu certo. Foi atividade para boa parte do dia, já que anoitecia por volta das cinco e eu gastei horas no Giant Eagle esmiuçando as prateleiras, observando diferentes frutas e vegetais, além de papear com o tímido atendente de caixa que havia iniciado um curso de espanhol. 




FOTO MB: Foi lá que, pela primeira vez, usei o cartão de vantagens. O tal código de barras é quase uma instituição que o americano coleciona no chaveiro e permite obter descontos ou preço diferenciado para produtos assim etiquetados. Funciona que é uma beleza e a variedade de produtos é grande. É simples assim: você não precisa juntar pontos, basta apresentar o cartão no final da compra. Aliás, levei uma bronca no caixa da farmácia Rite Aid porque não tinha um deles – Como assim, não tens cartão? Não vou poder lhe dar desconto? Obedientemente forneci o número de telefone, recebi o cartão e, finalmente, o sorriso da atendente ao diminuir o valor da compra!

FOTO MB: AS RUAS NÃO SÃO PLANAS, MAS SÃO MUITO AGRADÁVEIS

Duas avenidas concentram as atividades comerciais do bairro: Forbes e Murray. E foi prá lá que eu fui depois de conhecer um pedacinho do Schenley Park e a Artist & Craftsman Supply da Hobart Street. Nem preciso dizer que me senti em casa, já que sou obcecada por caixa, papel, pincel, tinta, lápis...

FOTO MB: OS ÔNIBUS FAZEM TORCIDA PARA OS TIMES - CADA LINHA INCENTIVA UM DELES - E, ALÉM DE CARREGAR A BICICLETA DO PASSAGEIRO CANSADO DE PEDALAR, OFERECEM AQUECIMENTO


É na Murray Av que está a Jerry's Records, conhecida como a melhor e a mais barata coleção de vinil dos EUA. Tem também o Gullifty's Restaurant, criador do Lip Smackin Barbecue Sauce, indicado pelo chef Emeril Green como o melhor de todos os molhos BBQ. As fachadas das lojas podem não ser muito atraentes, mas a variedade do comércio impressiona. Na Forbes isso muda um pouquinho. Fui atraída pela cozinha do Bangkok Balcony, pelos acessórios da Biketek, pela variedade de chás da Tea Pittsburgh e, principalmente, pelas peças feitas à mão por artesãos de vários países na Ten Thousand Villages. O Projeto deles pode ser visto aqui e vale conhecer.

Da curta caminhada pelo Schenley Park ficou a melhor das impressões de um espaço público. A grande área verde de 5 km quadrados, criada em 1889 com o terreno doado pela herdeira Mary Schenley, oferece trilhas, bosque, campo de golfe, lago, centro de visitantes, piscina e muita beleza natural. Só ele permitiria atividade para um dia inteiro.

FOTO MB: COMO VARRER TODA A ÁREA DO SCHENLEY PARK DEVE SER IMPOSSÍVEL, UM CARRINHO SOPRA AS FOLHAS PARA A BEIRADA DOS CANTEIROS

FOTO MB: ENCONTRE UM BANQUINHO E APRECIE A FAUNA NO SCHENLEY PARK

Mas muita coisa ainda precisava ser feita. Da colina do Schenley é possível ver o contorno da "cidade universitária" e isso foi o suficiente para aguçar a curiosidade. O dia seguinte foi dedicado a isso. E, pasmem, só lá, com a calma de quem quer se aposentar na cidade, andar a pé e falar portspanglish, também teve atividade para o dia inteirinho!

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