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15.10.12

SIMBORA PARA O LITORAL DO PARANÁ? GUARAQUEÇABA

Guaraqueçaba não se intimida com a chuva, segue calma e tranquila, na maior área remanescente de Mata Atlântica do Brasil. Está a 180 km de Curitiba e cercada por áreas de proteção ambiental. Prato cheio para quem gosta de contemplar a natureza. Por sua estrutura, é local estratégico para conhecer a região. E se ela, a chuva, impediu os tradicionais passeios (Salto Morato, Trilha do Quitumbê, Superagui e demais ilhas), não impediu o descanso e a contemplação. Para isso a Pousada do Biguá foi perfeita. Então, vamos ao passo a passo do que foi este final de semana.

FOTO MB: OBSERVANDO GAIVOTAS NO TRAPICHE

Ao contrário do habitual, essa viagem foi minimamente planejada: de concreto, as reservas para hospedagem e o boletim Climatempo afirmando que o feriado seria frio e chuvoso. Resolvi apostar no merecido descanso e comecei a aventura deixando o carro em casa, por não querer enfrentar estrada com chuva no feriadão. Quatro horas depois da decisão efetiva de viajar sem carro, desembarquei em Paranaguá.  Um recorde, já que antes de comprar as passagens nem tinha feito a mala! A garoa não impediu a caminhada de 300 m até o Camboa Resort Hotel, escolhido de acordo com a estratégia básica do viajante "se chover, vá ao museu". No meu caso, museu foi sinônimo de resort... Ao abrigo da chuva, pude jantar, ver a pré produção do lançamento de vários livros sobre fandango e tomar um drink. Poderia até ter visto o capítulo de Avenida Brasil, que bombava no telão do lobby.

FOTO MB: AS PISCINAS DO CAMBOA HOTEL RESORT DE PARANAGUA 

No final da manhã seguinte, caminhei até o pier de embarque para Guaraqueçaba. Nunca resisto ao encanto das casas coloniais dessa caminhada, que contou com uma paradinha no Mercado do Café pra comer o pastel de banana e o de camarão.


FOTO MB: LATERAL DA IGREJA DE SÃO BENEDITO, VISTA DO BOTECO DO NETO (FUNDADO EM 1939); ABAIXO, CASARIO E MERCADO.

FOTO MB: CASA CECY - construída para servir de moradia e de comércio. Ali foi instalada a "Padaria Cecy" que funcionou até o início da década de 60.



FOTO MB: Casa Monsenhor Celso (Casa da Cultura) 

ENFIM, GUARAQUEÇABA
Duas horas e meia depois de embarcar no Marujo, estava em Guaraqueçaba, cidade quase na divisa com São Paulo e que de tão pequena, pier e praça central se confundem. A primeira vista, a muralha formada por hotéis, restaurantes, pousadas e quitanda pode ofuscar a natureza exuberante, mas basta erguer os olhos para a Mata, para o Morro do Tromomo ou, ainda, perder o olhar nas águas e ilhas, que ela nos invade.



FOTO MONTAGEM MB

Confesso que quando pisei em terra firme minha meta era buscar a Praça Central para fazer o check in na Pousada do Biguá o mais rápido possível. Não fosse a presença do Sr. Munir, eu teria caminhado muito mais que os trinta passos necessários para chegar lá. Eu desembarquei no cantinho direito da Praça Central e não sabia!

FOTO MB - RECEPÇÃO E VARANDA EXTERNA DOS QUARTOS - ÓTIMO LUGAR PARA CONVERSAR!


O Café da Flora, praticamente um anexo da Pousada, só funciona na alta temporada. Mas o ótimo café da manhã da Biguá incluiu os ma-ra-vi-lho-sos muffins de nozes e chocolate do cardápio. Quer saber? Não vou falar muito mais sobre a Pousada, apenas digo que me hospedaria lá novamente, de olhos fechados, tanto por sua localização quanto, e principalmente, pelos serviços e ambiente agradabilíssimo.
A segunda boa surpresa do dia foi a casquinha de siri da Mercearia Rodrigues. Gente, que coisa gostosa! Ali, no outro extremo da Praça Central, aberta de manhã à noite, a Mercearia foi um porto seguro: lugar com decoração muito simpática, de poucas mesas, com música ambiente da melhor qualidade e de cardápio simples e saboroso.

FOTO MB: AS FOTOS DA CIDADE NO ANO DE INAUGURAÇÃO DA MERCEARIA ORGANIZADAS NAS PAREDES É PRA LÁ DE INTERESSANTE.


FOTO MB: DETALHE DO BALCÃO
FOTO MB: IGREJA NOSSO SENHOR BOM JESUS DOS PERDÕES - A PRIMEIRA CONSTRUÇÃO DA CIDADE, ERGUIDA EM 1838.


FOTO MB: NO CAMINHO PARA A COOPERATIVA DE ARTESÃOS E O RESTAURANTE DO POLACO (QUE PEIXE SABOROSO!)

FOTO MB: BARCO DE TRANSPORTE DE ESTUDANTES
FOTO MB: TRAPICHE DA ARTE NOSSA - Na cooperativa de artesãos Arte Nossa, você encontra  trabalhos feitos com escama de peixe, fibra de bananeira, barro cozido e outras coisitas mais. 


Dessa vez não tive a graça de conhecer Guaraqueçaba sob o sol, que caprichoso só apareceu na segunda-feira depois do feriado. Não vi golfinhos, papagaios, micos ou biguá. Conclusão: vou ter que voltar!

RESUMO DA OPERA:

Salto Morato, é uma cachoeira de 130 metros de queda; a Trilha do Quitumbê, tem 800 metros e termina em um mirante com vista panorâmica da cidade e da baía; Superagui, 45 mil hectares que engloba as ilhas de Superagui, das Peças, do Pinheiro e do Pinheirinho, acessadas por passeios de barco que levam às praias.

Preço da passagem Curitiba - Paranaguá - Curitiba pela viação Graciosa - R$ 37,00
Preço da passagem Paranaguá - Guaraqueçaba - Paranaguá no barco do Marujo - R$ 40,00

Use dinheiro em espécie, já que a conexão nem sempre favorece o uso de cartões nos poucos estabelecimentos que aceita esse tipo de pagamento.

VEJA OS DEMAIS POST SOBRE O PROJETO DOMÉSTICO "SIMBORA PARA O LITORAL DO PARANÁ"

PARANAGUÁ - ANTONINA - MORRETES

25.3.12

"SIMBORA" PARA O LITORAL DO PARANÁ? PARANAGUÁ

1 - Não tem praia de continente, mas tem uma estrutura que oferece diversos passeios por mar até ilhas que são verdadeiros oásis (por exemplo, Superagui, Cobras, Guaraqueçaba, do Mel, Jererê);
FOTO MB: TRANSITO INTENSO NAS ÁGUAS PARNANGUARAS DURANTE TODO O DIA

2 - Tem comida bem feita, gostosa e barata nos Mercados do centro histórico;
3 - Tem fandango em Valadares e bares charmosos no centro histórico;

FOTO MB: A SIMPLICIDADE DE SUPERAGUI

4 - Não tem estrutura hoteleira forte;

FOTO MB: COMO SÃO GRANDES... DIA NUBLADO É IDEAL PARA O PASSEIO PELA BAÍA DE PARANAGUÁ, ATÉ O PORTO E O TRAPICHE DO ROCIO

5 - Tem um porto que impressiona (para quem gosta de ver navio de carga, claro!)

FOTO MB:TRILHAS QUE CORTAM AS ILHAS PERMITEM ÓTIMAS CAMINHADAS ENTRE DUAS OU MAIS PRAIAS

6 - Tem um casario colonial muito interessante, ainda que alguns prédios indiquem urgência de recuperação;
7- Tem gente boa, da melhor qualidade!
8- Permite uma passadinha por Morretes, para um café-beira-rio, sem comprometer o dia, de tão perto que é.

Resumo da ópera, você pode passar um fim de semana legal por lá.
Eu, adorei.

14.8.09

ANTONINA ALÉM DO FESTIVAL DE INVERNO - SIMBORA PARA O LITORAL DO PARANÁ

Caros visitantes: o Projeto doméstico "Simbora para o litoral do Paraná" concluiu a segunda etapa no final de semana passado, em Antonina. Então, voltei aqui para complementar esse post, com texto e fotos recentes.
Foto MB: É de 15 km a distância entre Morretes e Antonina. Pode-se dizer que o ponto inicial dessa caminhada é a ponte verde, ao lado da Igreja Matriz.

Antonina é um pequeno município paranaense com saída para o Atlântico, distante cerca de 80 Km de Curitiba. Seu tempo áureo (dos engenhos e exportação da de erva-mate, das fábricas da Matarazzo, do porto Barão de Teffé e dos grandes espetáculos teatrais) há muito se foi.


Foto MB: fachada do Teatro

Ficaram as ruínas, o casario histórico e a natureza para serem admirados. Tudo na maior calma, que só é alterada por ocasião do Carnaval, do Festival de Inverno da UFPR e dos festejos da padroeira Nossa Senhora do Pilar.


Foto MB: Estandarte artesanal da Casa do Artesanato

Logo na entrada da cidade está a fábrica da bala de banana, que é um verdadeiro ícone local! Adiante, a Estação Ferroviária: parada final do ramal da linha Curitiba-Paranaguá (1880) que parte de Morretes (1892). Poucos metros depois, é hora de iniciar a caminhada.

Foto MB: Casario e Igreja de São Benedito

Foto MB: Casario visto da Matriz

Caminhe por ruas coloridas e vislumbre a cidade do alto, na Igreja de N. S. do Pilar. Perca-se por lá até a hora do almoço, que pode ser no Joca (próximo do mar) ou no Bouganvil na praça da Matriz). Tem também o Mercado Municipal com mesas ao ar livre. Êta vida besta e contemplativa!



Foto MB


Na caminhada você notará que algumas casas receberam a visita dos Amigos da Música de Antonina. Eles se apresentaram pela primeira vez em 2003, no Festival de Inverno e seguem fazendo serestas. As casas registram na fachada a passagem do grupo com uma placa que traz o nome da música oferecida e o de seu autor. Dá para imaginar ternura maior! Além disso, eles se reunem às sextas no Mercado para cantar e recebem os menos tímidos de braços abertos: o microfone pode ser seu!

Foto MB: vista do apartamento 210 do Hotel Atlante, na Praça Coronel Macedo. Muito boa opção de hospedagem. Gostei!

Foto MB: as ruínas da erva mate

No final da tarde é possível fazer um rápido passei de barco desde o Trapiche novinho em folha até a Ponta da Pita. Dá para ver a cidade anoitecendo e os pássaros buscando abrigo. Simples assim.


Foto MB
Ao desembargar, rume para a Travessa Marinho de Souza, próximo da Fonte da Carioca. Lá você encontra mesas ao ar livre para um bom papo. A Cantina Casa Verde é uma ótima opção.  


Foto MB: Ponta da Pita

Pois bem, Antonina é assim "tem mar, canoa, tem serra, rio e cachoeira, seresta, carnaval... retreta na praça, barreado, siri e frutos do mar..." e com Morretes faz a dobradinha perfeita para um passeio de um único dia.

11.6.09

MORRETES E O BARREADO

Os arredores de Curitiba também é puro charme. Cidades como Antonina, Morretes, São Luís do Purunã, Lapa e Castro rendem bons passeios do tipo bate e volta. Vou começar por Morretes.

Fotos: acervo MB - Morretes (PR)
Distante pouco mais de 70Km da capital, a cidade provoca uma volta ao passado, com suas ruas calmas e coloridas. Não vou falar do Rio Nhundiaquara e o seu o bóia-cross, do Pico do Marumbi, tampouco do passeio de trem pela Mata Atlântica, pois esse não é o meu jeito de ver a cidade. Morretes, para mim é cidade histórica, com vestígios de passado, para ser vista sem muita pretenção.


Foi assim que, como uma ilha em um oceano de geadas, o sábado de sol foi o incentivo para seguir até Morretes (PR) e saborear o barreado. Confesso que a combinação de carne desfiada, farinha de mandioca e banana sempre me assustou um pouco, afinal, não é todo estômago que aceita bem o prato típico do litoral paranaense. Mas isso mudou pelas mãos do Lúcio, garçon do Empório do Largo, que mostrou sua técnica em servir o prato:

Coloque a farinha no fundo do prato, cubra com carne/caldo, misture freneticamente até que... ...


... se não cair do prato, está na hora de comer!
De origem atribuída aos portugueses que aqui chegaram no século XVIII, o barreado tem o seu curso relacionado ao do fandango, com seus tamancos e rabecas. Era o prato preparado para acompanhar os dias de festas. Para um bom e tradicional barreado, a carne de boi deve ser cozida lentamente por 20 horas em panela de barro lacrada por uma massa de farinha e água (cá pra nós, modernamente, já é feito na panela de pressão). Concluído esse processo, é servir a carne (que depois de tantas horas está naturalmente desfiada dentro da panela) com o seu molho espesso, farinha de mandioca branca e algumas rodelinhas de banana. DICA: Se não for possível experimentar o prato completo, pelo menos aproveite o bolinho de barreado. É o melhor bolinho de carne que comi na vida!
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