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15.1.18

LISBOA PARA CONHECER E FICAR

2017 foi o ano em que, no mínimo e atonitamente, vivenciamos o extremo dos tempos líquidos. Vários foram aqueles que pensaram em, ou tentaram ou alardearam, uma mudança para Portugal. Eu estive em Lisboa em 2015 e na minha visão de turista, sim, eu moraria lá. Mas isso é tão somente uma maneira de tecer um elogio à cidade e não um projeto. Além disso, na condição de carioca, visitar Lisboa foi o mesmo que reconhecer o Rio de Janeiro em Portugal e Portugal na Cidade Maravilhosa. Um deleite capaz de justificar tamanha identificação com o lugar.

Posso dizer que conheci Lisboa “na volta”, pois como expliquei na postagem sobre como organizei a viagem, o roteiro incluiu Rio de Janeiro, Paris e Sevilha. Ou seja, desembarquei no aeroporto de Lisboa e de lá segui de metro até a rodoviária para embarcar em um ônibus até Sevilha, já que o último voo para a cidade havia partido minutos antes da nossa chegada em terras lusitanas. Assim, minha primeira ação na cidade foi deixar a segunda mala no guarda volume do aeroporto. Funciona muito bem: o atendente entrega um recibo para ser quitado na retirada, após o pagamento das primeiras 24 horas. Bye bye mala.


FOTO MB: GUARDANDO A MALA

Dali pra frente foi seguir na direção oposta, comprar cartão válido para carril e metro (Viva viagem ou 7 Colinas ou o LISBOA CARD, que dá acesso gratuito aos transportes públicos - ônibus, elevadores, bondes, metrô e trem para Sintra e Cascais e alguns Museus e Monumentos) e embarcar na linha vermelha do metro, sentido Oriente. Lá, o desembarque é no 1º piso e a rodoviária está no 3º piso, mas tem elevador.












FOTO MB: RUMO À RODOVIÁRIA

Chegamos na Estação Oriente perto das dez horas de uma noite fria, quando a maior parte dos estabelecimentos comerciais já estavam fechados e a distribuição de sanduiche e suco aos sem teto locais acontecia no interior da gare. Havia uma lanchonete funcionando e o simpático dono nos serviu a popular bifana – sanduiche feito de bife de carne de porco cozida no alho e vinho, temperada com mostarda ou molho picante e servida em pão aquecido. Era o melhor que se podia comer ali, antes de embarcar no ônibus da Alsa, que iria percorrer, em um pouco mais de 5 horas, os quase 400km até a Estação Plaza de Armas, em Sevilha. O custo de cada trecho foi cerca de 40 euros. 

A volta de Sevilha também foi de ônibus. Ainda com a luz do dia, passamos por Faro, que vista pela janela do ônibus é encantadora. Mais uma vez desembarcamos na Estação Oriente. De lá seguimos para o aeroporto, para buscar a mala. Lembra? Depois, rumar para o hotel, o que foi feito de taxi porque ninquém é de ferro!
Feito o check in no Lisbonaire Apartments (Rua da Glória, 16) e  um pequeno lanche ali mesmo - o estúdio, decorado por um designer português, dispunha de cozinha completa e lavanderia -, restava planejar o primeiro dia em Lisboa. Assim foi feito.



11.2.16

A TRIVIAL BOA MESA SEVILHANA







FOTOS MB: SEM ENDEREÇO CERTO... OLHE, SE ENCANTE E DESFRUTE 

DUAS GRANDES E IMPERDÍVEIS PRAÇAS PARA CONHECER EM SEVILHA: PLAZA DE ESPAÑA E METROPOL PARASOL

FOTO MB: VISTA DA CIDADE A PARTIR DO TERRAÇO DAS SETAS DE SEVILHA


METROPOL PARASOL


A intervenção do arquiteto alemão Jürgen Mayer está na Plaza La Encarnación e fez parte do projeto de reabilitação do centro antigo da cidade. Sua estrutura é de madeira e mede 26m de altura. Lá você encontra restaurante, antiquário e uma programação de eventos, que pode ser acompanhada por aqui.

FOTO MB: AS VÁRIAS POSSIBILIDADES DE UMA ARQUITETURA ORGÂNICA


PLAZA DE ESPAÑA


Era uma vez um Parque (Maria Luísa), criado a partir dos jardins do Palácio de San Telmo e que foi doado ao povo (1893) pela Infanta de mesmo nome. Parte desse jardim foi reformado em 1929, abrindo espaço para as Praças de Espanha e das Américas, onde ocorreu a Exposição Iberoamericana. 


FOTO MB: AS ALAMEDAS DO PARQUE TAMBÉM PERMITEM UMA BOA CAMINHADA


FOTO MB: AO REDOR DA PRAÇA VOCÊ ENCONTRA BOAS LEMBRANÇAS DA CIDADE

O parque em si é muito agradável. São 35 hectares convertidos na maior área verde da cidade, com fontes, estátuas e o Teatro Lope de Vega. Por ele é possível passear de coche, que tem uma parada oficial na de Torre Del Oro - Palácio de San Telmo, e identificar os pavilhões de cada país participante da Exposição, que hoje tem novo uso. Por exemplo, no pavilhão do Uruguai funciona parte da administração da Universidade de Sevilha.


FOTO MB: JUNTO DA MINHA ADMIRAÇÃO PELA PRAÇA DE ESPANHA, A FACHADA DO TEATRO LÁ NO INÍCIO DA CAMINHADA


FOTO MB: O PAVILHÃO ESPANHOL É IMPACTANTE

FOTO MB: CANAIS E PONTES PERMITEM PASSEIO DE BARCO


FOTO MB: EM CADA AZULEJO PARTE DA HISTÓRIA LOCAL


FOTO MB: PLAZA DE ESPAÑA - UMA PARADA NECESSÁRIA


TOME NOTA
Paradas oficiais do coche: Plaza de España, Catedral, Archivo de Indias, Torre del Oro.



  

26.1.16

NO CENTRO HISTÓRICO DE SEVILHA TEM...

FOTO MB: METRO CENTRO - TRANVÍA - VEÍCULO SOBRE TRILHOS QUE PERCORRE 2 KM DA AVENIDA DE LA CONSTITUCÍON, ENTRE PLAZA NUEVA E SAN BERNARDO, COM ESTAÇÕES NO ARQUIVO DAS ÍNDIAS, HOTEL AFONSO XII E PRADO DE SAN SEBASTIÁN. OU SEJA, O CAMINHO É TÃO INTERESSANTE QUE MAIS VALE CAMINHAR E OBSERVAR AS EDIFICAÇÕES.

FOTO MB: SEVICI - AS BICICLETAS DE ALUGUEL, COMUNS EM GRANDES CIDADES

FOTO MB: LARANJEIRAS - SIM, POR TODA A CIDADE É POSSÍVEL ENCONTRAR LARANJEIRAS CARREGADAS DE FRUTOS. É BEM COMO DESCRITO NO DICIONÁRIO DA REAL ACADEMIA ESPANHOLA: ÁRVORE DE QUATRO A SEIS METROS DE ALTURA; SEMPRE VERDE; FLORIDO E COM FRUTO; TRONCO LISO ; FOLHAS OVALADAS, DURAS, LUSTROSAS E DE UMA BONITA COLORAÇÃO VERDE. ORIGINÁRIA DA ÁSIA, É MUITO CULTIVADA NA ESPANHA. DA SUA FLOR - O AZAHAR - É FEITA A ÁGUA DE MESMO NOME, MUITO UTILIZADA NA FEITURA DE DOCES.

FOTO MB: AS IGREJAS DA CIDADE - A IGREJA DO DIVINO SALVADOR, NA PRAÇA DE MESMO NOME, É UMA CONSTRUÇÃO DO SÉC. IX, ERGUIDA SOBRE OS RESTOS DE UMA MESQUITA, É A SEGUNDA MAIOR DA CIDADE. 

NÃO DEIXE DE VER A IGREJA DE SÃO ILDEFONSO E A CATEDRAL (CONSTRUÍDA NO SÉC XV SOBRE A MESQUITA DE ALJAMA), A MAIOR IGREJA GÓTICA DO MUNDO E DECLARADA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE.




FOTO MB: A ARTE MUDÉJAR - A EXUBERÂNCIA DA CÚPULA OTOGONAL DA IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA (SÉC. XVIII) SE REPETE EM OUTRAS EDIFICAÇÕES.

FOTO MB: LA GIRALDA - UM MINARETE DE 76m DE ALTURA, CONSTRUÍDO PELOS ÁRABES NO SÉCULO IX E ACRESCIDO DE UM CAMPANÁRIO EM 1568. A SUBIDA É CANSATIVA, MAS É COMPENSADA PELA BOA VISÃO DA CIDADE. É PARTE DA CATEDRAL, QUE MANTÉM O TÚMULO DE CRISTÓVÃO COLOMBO. SUA LOCALIZAÇÃO É PRIVILEGIADA, UMA PRAÇA AO FINAL DA AVENIDA CONSTITUCIÓN COM O PALACIO ARZOBISPAL E A ENTRADA DO REAL ALCÁZAR (PORTA DOS LEÕES), OU SEJA, UMA VIAGEM NO TEMPO.

FOTO MB: LA GIRALDA FINAL DA TARDE


FOTO MB: LA GIRALDA POR OUTRO ANGULO

FOTO MB: MODERNIDADE E TRADIÇÃO - AVENIDA CONSTITUCIÓN


Caminhe por Sevilha!


25.1.16

TRIANA E MACARENA: BAIRROS IMPERDÍVEIS DE SEVILHA

Triana, Centro Antigo e Macarena foram os três bairros percorridos nesses dias de Andaluzia. O suficiente para compreender a diversidade da cidade e ficar com vontade de voltar. O centro histórico merece uma postagem própria. Vou, portanto, começar por Triana, que está do outro lado do Rio, ou seja, aquele que não tem Plaza de Armas, casco antiquo e fica distante dos flashes dos turistas, mas é um típico bairro de Sevilha. 

FOTO MB: DA ESQUERDA PARA DIREITA, TRIANA, A TORRE DE SEVILHA (O MAIOR EDIFÍCIO DA CIDADE, QUE É UM CENTRO COMERCIAL) E LA MAESTRANZA

TRIANA
Vale visitar as oficinas de azulejos, ver as igrejas de onde partem as grandes procissões e almoçar por lá. O passeio pode começar pela La Maestranza (do lado de cá do Rio), que é a praça de touros e museu, para quem tem curiosidade sobre o tema. De lá, atravesse o rio pela ponte Isabel II e ao final dela estarás na Plaza del Altozano, de onde saem as ruas Pureza e Betís, que resumem Triana.


MACARENA
La Macarena é um bairro rico na arquitetura de estilo mudéjar (séc XII - XVI) que é conhecido como um fenômeno hispânico que combina românico, gótico e renascentista com a arte islâmica. Os melhores exemplos do bairro são a Basílica de La Macarena e a Igreja de San Gil. Neste bairro também se vê os vestígios das muralhas árabes que cercaram a cidade, mas foi na rotina de seus moradores que encontrei o grande charme do lugar.
 

FOTO MB: EM LA MACARENA, NA REGIÃO DA CALLE LA FERIA, A SIESTA ACONTECE NO TRADICIONAL BAR VIZCAÍNO (1929) 

FOTO MB: PELAS RUAS DE MACARENA DURANTE A SIESTA 1

FOTO MB: PELAS RUAS DE MACARENA DURANTE A SIESTA 2

Vale também a caminhada até o Mercado do Bairro, junto à paróquia Omnium Sanctorum, outro exemplo da arquitetura mudéjar e talvez a segunda mais velha igreja da cidade. São ruas encantadoras e estreitas, quase becos, que em cada curva oferecem uma boa surpresa: você poderá  encontrar uma praça ou um largo ao final deles.

FOTO MB: PELAS RUAS DE MACARENA DURANTE A SIESTA 3

FOTO MB: A SIESTA NO CENTRO HISTÓRICO. DÁ PRA PERCEBER A DIFERENÇA?

TOME NOTA:
Para tapeos BAR YEBRA e BAR VIZCAÍNO, ambos fora do circuito turístico.
Para cenar Restaurante LA CALESERA - no Hotel San Gil

SEVILHA VISTA PELA MARGEM DO RIO GUADALQUIVIR: Ô, SAUDADE!

Errei, e muito, ao reservar apenas 3 dias para visitar Sevilha. O peculiar da cidade é a possibilidade de ver lado a lado vestígios mouros, cristãos e daquilo que foi o principal ponto (ou porto!) de partida para Colombo conquistar a América. Ao sul da Península Ibérica, próximo do Atlântico e do Mar Mediterrâneo, sua culinária é rica, pois é comum oferecer pratos com preparo típico de outras regiões da Andaluzia. Assim é que de tapas em tapas caminhamos por belas ruas observando os azulejos coloridos, as sacadas floridas, os vários jardins e, no meu caso, dos arabescos preservados desde o domínio mouro. Quando a noite cai é hora de saborear uma sopa fria (Gazpacho) e se procurar por um tablao (casa de flamenco). La Garbonería, casa com pátio de pedra e palco minúsculo onde o canto e a dança são espontâneos e autênticos, foi o local eleito por nós.

FOTO MB: A PRIMEIRA VISÃO DO RIO GUADALQUIVIR É UM CONVITE PARA A CAMINHADA




FOTO MB: QUE COMEÇA ASSIM



FOTO MB: E SEGUE APRESENTANDO A ARQUITETURA DA CIDADE À MARGEM ESQUERDA DO RIO
PALÁCIO DE SAN TELMO - SEDE DO GOVERNO DA ANDALUZIA


FOTO MB: A TORRE DEL ORO, EDIFICAÇÃO MOURISCA DO SÉCULO XVII, PROTEGE O PORTO


TOME NOTA 

La Carbonería - Calle Leviés, 18. Uma pequena porta, sem indicação na fachada, poderá passar em branco se você não tiver certeza do endereço. Os taxistas, em geral, conhecem o local, que fica próximo à Conde de Ibarra.

Cruzeros Torre del Oro - Se caminhar não é o seu forte, embarque em um passeio de barco pelo Rio e observe a cidade. Os barcos partem de um acesso nas imediações da Torre. Há pelo menos 2 pontes que devem ser observadas: a estaiada, projeto de Santiago Calatrava e a levadiça Ponte das Delícias. 



2.4.15

PLANEJAMENTO DE FÉRIAS:como transformar um único destino em quatro!

No início de 2015 eu tinha 20 dias de férias entre um compromisso no Rio de Janeiro e outro em Lisboa. O fato despertou meu lado viajante que não se conforma em arrumar mala duas vezes em tão curto espaço de tempo e, sem me preocupar com a viabilidade da coisa, decidi que seria uma única mala com capacidade de me manter fora de casa por vários dias consecutivos e de temperaturas que variariam de 30 a -2 graus. Dá para imaginar o meu sorriso de satisfação?

Foto MB: Paris no inverno - janeiro de 2015

Para viabilizar a “ideia brilhante” tive que identificar boas oportunidades ao custo de muitas horas diante do computador. O primeiro passo foi comprar passagem ida e volta Curitiba – Rio, afinal, eu sabia exatamente quando deveria ir para o casamento do meu sobrinho e estar de volta a tempo de começar o novo semestre de aulas. O desafio seguinte foi encontrar a melhor tarifa para o trecho Rio – Lisboa. Foi aí que numa simulação de compra percebi a chance de uma escala em Paris sem aumentar o valor da passagem (aquela coisa de pesquisar por múltiplos destinos, sabe?) Assim ficou resolvido: Rio – Paris  Lisboa – Rio. Nesse momento, além do sorriso, os olhos brilharam!

Foto MB:Castelo de São Jorge visto do Bairro Alto - Lisboa

A etapa seguinte incluía o levantamento geográfico e escolha de hospedagem. Ahhhh, diante do mapa, como não ver que Sevilha está tão perto de Lisboa?  Foi quando lembrei do meu projeto de conhecer as quatro Comunidades espanholas de “nacionalidade histórica” (que começou em 2011, quando passei três dias em Barcelona). Foram poucos dias de Catalunha, mas o suficiente para conhecer Gaudí. Quatro anos depois, era chegada a vez da Andaluzia. Uma pequena mostra, porque só caberia a capital Sevilha no tempo disponível. E foi dessa forma inevitável que a cidade entrou no roteiro! Ainda lamento não ter aproveitado a conexão em Amsterdã para conhecer a cidade... mas, vamos combinar, Rio de Janeiro, Paris, Lisboa e Sevilha já estava de bom tamanho! 
   
Foto MB: Nas Setas de Sevilha
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