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26.1.18

CHIADO: O BAIRRO DESCOLADO DE LISBOA

Uma caminhada pelo Chiado revela surpresas. O bairro é cheio de lojas tradicionais, tais como a Livraria Bertrand (1732), o Armazéns do Chiado, A Brasileira, a Ourivesaria Aliança (1909), a Paris em Lisboa (1888). Ou seja, se você só tiver tempo de caminhar por uma única rua do bairro, escolha a Rua Garret. Ela começa no Armazéns e termina no Largo do Chiado, na escultura do Fernando Pessoa.

FOTO MB: TEM MUITA GENTE NA RUA, MAS OS FACHADAS SÃO BELÍSSIMAS
FOTO MB: JÁ ERA NOITE E TINHA UM CARRO ESTACIONADO NA PORTA DA LOJA. DENTRO NÃO SE PODE FOTOGRAFAR. FIQUEI COM ESSE ÚNICO REGISTRO...
FOTO MB: NO LARGO DO CHIADO, UMA LOJA TODINHA COM AS PORCELANAS DA VISTA ALEGRE. AMO TANTO QUANTO OS AZULEJOS PORTUGUESES. ESSES ABAIXO SÃO DA CAPELA DOS LENCASTRES | NO CONVENTO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA (BAIRRO ALTO)


FOTO MB: ESTICANDO A CAMINHADA EM DIREÇÃO AO ROSSIO O ENCANTAMENTO CONTINUA. O RESTAURANTE LEÃO D'OURO GARANTE UMA ÓTIMA REFEIÇÃO.
FOTO MB: OUTRA SURPRESA DO CAMINHO FOI ENCONTRAR A BARRAQUINHA DE CASTANHAS

Outra boa dica para o Chiado é o Cine Theatro Gymnasio, na Rua da Misericórdia, 14. De segunda à sábado, às 19hs acontece o espetáculo Fado in Chiado. 

25.1.18

DO ALTO À BAIXA, UM DIA ESPECIAL: Bairro Alto, Príncipe Real e arredores

Há várias maneiras de chegar ao Bairro Alto. Fui pelos Restauradores, no Elevador da Glória, em um trajeto de cinco minutos que termina ao lado do mirante (ops! miradouro) São Pedro de Alcântara. Aliás, para deleite dos nosso olhos, mirante é o que não falta na cidade de Liboa: Santa Luzia; Santa Justa; do Castelo de São Jorge; de Santa Catarina; da Graça; das Portas do Sol e tantos outros.

FOTO MB: DOS RESTAURADOS AO BAIRRO ALTO

Ao descer do “elevador”, no Bairro Alto, se eu caminhasse para a esquerda chegaria ao Chiado e se fosse para a direita, ao Príncipe Real. Segui em frente, atravessando a rua, pois antes de decidir para qual lado eu iria fui conhecer o Solar do Vinho do Porto, atraída por uma inscrição na fachada que identificava a Companhia de Seguros Tranquilidade. Literal, não? No Solar é possível degustar os vinhos do Porto e do Douro e conhecer sobre suas origens e diferenças, em um ambiente muito agradável. 

FOTO MB: DO OUTRO LADO DA RUA
De lá segui para a Praça de São Pedro, onde fica o mirante, a fim de saborear a vista da cidade. De tão belo, dá para desprezar os binóculos.


FOTO MB: MIRADOURO SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA



As noites são animadas no Bairro Alto, ideal para quem busca diversão, bar com música ao vivo, gente jovem e até uma boa casa de fado. Mas, vamos continuar com o Bairro Alto diurno. Em direção ao Jardim do Príncipe Real é possível encontrar becos e ruelas do Alto do Penalva. Na rua principal (D. Pedro V) você pode visitar mercearias, antiquários, a Padaria São Roque - para saborear uma deliciosa maçã assada -, ou almoçar no Shopping (boutique) Embaixada, instalado em um antigo palácio neo-árabe. Puro charme!


 FOTO MB: NO PRÍNCIPE REAL
FOTO MB: O EMBAIXADA - BOUTIQUES E BISTRÔ
FOTO MB: NO ALTO DO PENALVA - ESQUINA COM O ARCO DO EVARISTO - OUTRA VISÃO PRIVILEGIADA

Depois de dar uma espiada no prédio do antigo Parlamento, a ideia inicial era a de embarcar no eléctro 28, em direção ao Chiado. Aliás, eita bondinho bom para conhecer os pontos turísticos da cidade! Dá uma olhadinha nesse post! Pois bem, na tentativa de encontrar a parada do eléctro, visitamos a Igreja e Museu de São Roque, junto ao conjunto da Santa Casa de Misericórdia. É de cair o queixo e merece post especial. Quando nos demos conta, já havíamos caminhado uns 7km e encontramos um delicioso restaurante no Miradouro de Santa Luzia, com vista para o Tejo, onde saboreamos as famosas sardinhas portuguesas. Chiado ficaria para um outro dia... Seguimos pela Rua da Saudade, até alcançar a Sé, as igrejas de Santo Antônio de Lisboa e da Madalena. Depois, pela Rua da Alfândega. Uma última parada na Igreja da Conceição Velha e encerramos a caminhada durante o pôr do sol, no Martinho da Arcada, na Praça do Comércio.

Na Baixa tem um endereço que nunca deixo de visitar: Rua dos Fanqueiros, 234. Lá está uma loja de artigos para decoração, a Franjarte. Bolas, franjas, galões, cordões, puxadores, enfim, uma loja especializada em acabamentos para cortinas. Amo de paixão!


23.1.18

PRAÇA DO COMÉRCIO: Terreiro do Paço, ora pois!

Antes do terremoto de 1755 o então Terreiro do Paço era formado pelo cais da Praia da Ribeira, Paço Real, edifícios da Corte, Alfândega, Armada e armazéns. Na reedificação da cidade pós terremoto, na visão do Marques de Pombal, a Praça do Comércio (área do Terreiro) seria símbolo de uma Lisboa moderna, distante do aspecto medieval e a partir da qual a cidade se expandiria de maneira organizada, deixando de vez o emaranhado de ruas que levava aos campos, na direção do Rossio e organizava em quarteirões o centro comercial da cidade, a Baixa.

FOTO MB: PRAÇA DO COMÉRCIO VISTA DO TEJO



FOTO MB: PRAÇA DO COMÉRCIO VISTA DO CASTELO DE SÃO JORGE

Na Praça foi construído um monumental edifício para abrigar as repartições públicas e algum pouco comércio no andar térreo, sob as arcadas. Um deles está lá até os dias de hoje: Martinho da Arcada, um café que já foi sorveteria (Casa da Neve - 1792), de propriedade de Martinho Rodriguez (1795). É, portanto, o café mais antigo de Lisboa. Dentre seus ilustres frequentadores, Bocage, Fernando Pessoa e Amália. A mesa do Fernando Pessoa está lá até hoje, mas o que valoriza a visita são os quitutes.
FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. DE TÃO PEQUENO, O CAFÉ DISPÕES DE 5 MESAS NO SEU INTERIOR. UMA PORTA LATERAL DÁ ACESSO AO RESTAURANTE, QUE SÓ FUNCIONA PARA O JANTAR. A MESA DE PESSOA FICA AO LADO DA PORTA E DA JANELA, QUE DÁ VISTA PARA A PRAÇA.
 FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. DE TÃO DISCRETA, QUASE NÃO SE VÊ A ENTRADA.
FOTO MB: MARTINHO DA ARCADA. COMO RESISTIR AOS QUITUTES PORTUGUESES?


Outro detalhe encantador sobre a Praça do Comércio é que sua construção demorou mais de um século. Pombal tinha dificuldades financeiras para finalizar seu Plano, mas não poderia esperar tanto tempo para alardear sua principal obra. Assim que para inaugurar a estátua de D. José, Pombal criou cenografia de madeira e gesso escondendo os edifícios em construção e dando todos por concluídos!
FOTO MB: CAMINHADA NO FIM DE TARDE ATÉ O TORREÃO

DA BAIXA À PRAÇA DO COMÉRCIO: caminhar é preciso, viver não é preciso


Na manhã de frio ameno, saí com um destino certo. Mas, como de hábito, fui me “perdendo” pelo caminho, direcionada pela curiosidade. Assim, o reconhecimento da vizinhança de onde eu estava hospedada rendeu ótimas descobertas. Eu estava na Baixa, na Praça dos Restauradores, com o seu obelisco da libertação de Portugal do domínio espanhol, e a poucos passos da Avenida da Liberdade, com suas lojas de grandes marcas internacionais. Dobrei a rua do hotel e me deparei com o Elevador da Glória, que faz a ligação entre a Praça e o Bairro Alto, numa viagem de uns 250m para cima e para baixo. Resisti ao “bondinho” e desci o pequeno trecho da ladeira à pé para alcançar a Avenida da Liberdade. 


FOTO MB: LADEIRA DA GLÓRIA
Encontrei a bela fachada do Cine e Teatro Eden, ao lado do Palácio da Foz. Já estava aberto, e tratei de visitar a lojinha do museu, verificar a programação musical do início da noite e buscar informação impressa no Posto de Informações Turísticas. No início da noite retornei ao Palácio Foz para o concerto de música de câmara, na Sala dos Espelhos. Entrada gratuita para ouvir Beethoven e Mendelssohn.

No mesmo conjunto de prédios está o Museu do Desporto, que vale a visita, mesmo para quem não é admirador da bola, digo, pelota.
 
FOTO MB: PALÁCIO DA FOZ - AGUARDANDO O CONCERTO

Abandonei a ideia do metro e segui pela Liberdade até a Praça do Roccio, com sua estátua de Dom Pedro I, cercada pelo Teatro Nacional D. Maria II e a loja da Ginjinha, onde comprei uma garrafa dessa açucarada e admirada bebida. Segui para a Igreja de São Domingos, na Praça da Figueira, de onde se vê as muralhas do Castelo de São Jorge. Construída no século XIII, a igreja/mosteiro tem as marcas do terremoto de 1755 e do incêndio de 1959. Belíssima, ainda que reconstruída várias vezes. Do outro lado da Praça, na direção do elevador de Santa Justa (São Domingos é a Paróquia Santa Justa – padroeira de Sevilha e dos artesãos de cerâmica) está o Museu Arqueológico do Carmo e os seus arcos góticos à céu aberto.
  

FOTOS MB: PRAÇA DA FIGUEIRA, DE ONDE SE VÊ O CASTELO DE SÃO JORGE
 

Nessa região é interessante observar o nome das ruas e viajar no tempo: da Prata, dos Correeiros, dos Douradores, dos Fanqueiros, dos Sapateiros... Os fanqueiros, por exemplo, eram os mercadores ou fabricantes de fancaria (tecido grosseiro branco e de algodão). Escolha a Rua Augusta e siga até o seu final, na Praça do Comércio, à beira do Tejo. Você verá o MUDE - Museu de Design e da Moda, lojas de artesanato e o Arco da Augusta.


FOTO MB: O ARCO VISTO DA PRAÇA DO COMÉRCIO | O TEJO VISTO DO ARCO DA AUGUSTA

15.1.18

LISBOA PARA CONHECER E FICAR

2017 foi o ano em que, no mínimo e atonitamente, vivenciamos o extremo dos tempos líquidos. Vários foram aqueles que pensaram em, ou tentaram ou alardearam, uma mudança para Portugal. Eu estive em Lisboa em 2015 e na minha visão de turista, sim, eu moraria lá. Mas isso é tão somente uma maneira de tecer um elogio à cidade e não um projeto. Além disso, na condição de carioca, visitar Lisboa foi o mesmo que reconhecer o Rio de Janeiro em Portugal e Portugal na Cidade Maravilhosa. Um deleite capaz de justificar tamanha identificação com o lugar.

Posso dizer que conheci Lisboa “na volta”, pois como expliquei na postagem sobre como organizei a viagem, o roteiro incluiu Rio de Janeiro, Paris e Sevilha. Ou seja, desembarquei no aeroporto de Lisboa e de lá segui de metro até a rodoviária para embarcar em um ônibus até Sevilha, já que o último voo para a cidade havia partido minutos antes da nossa chegada em terras lusitanas. Assim, minha primeira ação na cidade foi deixar a segunda mala no guarda volume do aeroporto. Funciona muito bem: o atendente entrega um recibo para ser quitado na retirada, após o pagamento das primeiras 24 horas. Bye bye mala.


FOTO MB: GUARDANDO A MALA

Dali pra frente foi seguir na direção oposta, comprar cartão válido para carril e metro (Viva viagem ou 7 Colinas ou o LISBOA CARD, que dá acesso gratuito aos transportes públicos - ônibus, elevadores, bondes, metrô e trem para Sintra e Cascais e alguns Museus e Monumentos) e embarcar na linha vermelha do metro, sentido Oriente. Lá, o desembarque é no 1º piso e a rodoviária está no 3º piso, mas tem elevador.












FOTO MB: RUMO À RODOVIÁRIA

Chegamos na Estação Oriente perto das dez horas de uma noite fria, quando a maior parte dos estabelecimentos comerciais já estavam fechados e a distribuição de sanduiche e suco aos sem teto locais acontecia no interior da gare. Havia uma lanchonete funcionando e o simpático dono nos serviu a popular bifana – sanduiche feito de bife de carne de porco cozida no alho e vinho, temperada com mostarda ou molho picante e servida em pão aquecido. Era o melhor que se podia comer ali, antes de embarcar no ônibus da Alsa, que iria percorrer, em um pouco mais de 5 horas, os quase 400km até a Estação Plaza de Armas, em Sevilha. O custo de cada trecho foi cerca de 40 euros. 

A volta de Sevilha também foi de ônibus. Ainda com a luz do dia, passamos por Faro, que vista pela janela do ônibus é encantadora. Mais uma vez desembarcamos na Estação Oriente. De lá seguimos para o aeroporto, para buscar a mala. Lembra? Depois, rumar para o hotel, o que foi feito de taxi porque ninquém é de ferro!
Feito o check in no Lisbonaire Apartments (Rua da Glória, 16) e  um pequeno lanche ali mesmo - o estúdio, decorado por um designer português, dispunha de cozinha completa e lavanderia -, restava planejar o primeiro dia em Lisboa. Assim foi feito.



2.4.15

PLANEJAMENTO DE FÉRIAS:como transformar um único destino em quatro!

No início de 2015 eu tinha 20 dias de férias entre um compromisso no Rio de Janeiro e outro em Lisboa. O fato despertou meu lado viajante que não se conforma em arrumar mala duas vezes em tão curto espaço de tempo e, sem me preocupar com a viabilidade da coisa, decidi que seria uma única mala com capacidade de me manter fora de casa por vários dias consecutivos e de temperaturas que variariam de 30 a -2 graus. Dá para imaginar o meu sorriso de satisfação?

Foto MB: Paris no inverno - janeiro de 2015

Para viabilizar a “ideia brilhante” tive que identificar boas oportunidades ao custo de muitas horas diante do computador. O primeiro passo foi comprar passagem ida e volta Curitiba – Rio, afinal, eu sabia exatamente quando deveria ir para o casamento do meu sobrinho e estar de volta a tempo de começar o novo semestre de aulas. O desafio seguinte foi encontrar a melhor tarifa para o trecho Rio – Lisboa. Foi aí que numa simulação de compra percebi a chance de uma escala em Paris sem aumentar o valor da passagem (aquela coisa de pesquisar por múltiplos destinos, sabe?) Assim ficou resolvido: Rio – Paris  Lisboa – Rio. Nesse momento, além do sorriso, os olhos brilharam!

Foto MB:Castelo de São Jorge visto do Bairro Alto - Lisboa

A etapa seguinte incluía o levantamento geográfico e escolha de hospedagem. Ahhhh, diante do mapa, como não ver que Sevilha está tão perto de Lisboa?  Foi quando lembrei do meu projeto de conhecer as quatro Comunidades espanholas de “nacionalidade histórica” (que começou em 2011, quando passei três dias em Barcelona). Foram poucos dias de Catalunha, mas o suficiente para conhecer Gaudí. Quatro anos depois, era chegada a vez da Andaluzia. Uma pequena mostra, porque só caberia a capital Sevilha no tempo disponível. E foi dessa forma inevitável que a cidade entrou no roteiro! Ainda lamento não ter aproveitado a conexão em Amsterdã para conhecer a cidade... mas, vamos combinar, Rio de Janeiro, Paris, Lisboa e Sevilha já estava de bom tamanho! 
   
Foto MB: Nas Setas de Sevilha
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