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25.1.14

GOOD MORNING, PITTSBURGH!

FOTO MB: DOWNTOWN PRÓXIMO AO POINT STATE PARK


Cheguei em Pittsburgh numa manhã ainda escura e fria de novembro e me encantei de imediato pela cidade. Curioso é que para mim, até meados de 2013, o estado da Pensilvânia era sinônimo de Philadelphia. Verdade! Afinal, quem, sem interesse específico, já ouviu falar na capital Harrisburg ou nas cidades de Allentown, Bethlehem, Easton ou Pittsburgh? Pois então, de uma hora para outra e sem procurar por isso a cidade de Pitt (forma reduzida e carinhosa para Pittsburgh) “caía no meu colo”. Eu ligava a TV e lá estava um documentário sobre o gás de xisto no Cidades e Soluções; o Telecine exibia Jack Reacher - O último tiro [2012], estrelado por Tom Cruise e inteiramente rodado lá; revendo Batman - O cavaleiro das trevas [2008] percebo que o jogo de futebol na Gotham City é, de fato, no Heinz Field; mudo para a ESPN e os Panthers, os Penguins, os Steelers ou os Pirates ocupam a tela. É ou não conspiração do cosmo? Aí não teve jeito, somando a saudades do filho com todo esse massacre televisivo, fui conhecer a segunda maior cidade da Pensilvânia, surgida no vale dos Apalaches em 1758.

FOTO TOMÁS LIMA


Erguida em torno do aço e do carvão, hoje em dia Pitt é muito menos industrializada. A cidade natal de Andy Warhol, do Big Mac e do Catchup Heinz (juro!) é referência em robótica, sede de grandes empresas americanas e dona de um tremendo polo universitário composto pela bicentenária University of Pittsburgh e as centenárias Carnegie Mellon, Duquesne e UPMC. Poderia também ser chamada de cidade das pontes, já que os seus 3 grandes rios exibem 446 delas. Isso mesmo, Pitt é praticamente uma Veneza!

FOTO MB: PARQUE É O QUE NÃO FALTA POR LÁ


Depois de percorrer os 500 km entre New York e Pitt, por uma estrada de asfalto impecável e em ônibus confortabilíssimo da Greyhound Lines, desembarquei no Port Authority (terminal rodoviário interestadual) de Allegheny County (bairro de Pitt) antes mesmo de clarear o dia. Ah, bom, preciso contar alguns detalhes antes de continuar. Pesou na decisão o fato de as passagens aéreas estarem inflacionadas pelo feriado, a inexistência de voo noturno e sem escala me impediriam ficar mais algumas horas em NY e a oportunidade de “pegar a estrada” nos EUA me pareceu uma experiência enriquecedora. E foi. 
  1. Port Authority é o máximo. O Terminal sempre é central e próximo do Metro. Em NY, por exemplo, fica no quarteirão atrás da Times Square. Já que o ônibus não tem assento marcado, o remédio é chegar cedo para identificar, pesar e despachar a bagagem (1ª fila a ser encarada) e tentar ser um dos primeiros da 2ª fila, a do embarque propriamente dito, e poder, além de escolher o lugar, conseguir espaço para a bagagem de mão. 
  2. Bagagem é um problema. Parece companhia aérea low cost: 1 mala por pessoa, no tamanho máximo de x polegadas e com no máximo y libras. Idem para a bagagem de mão. Agora, veja se isso é possível! Você está saindo de NY, já passou pelo Woodbury Outlet de New Jersey. Logo, já carrega duas ao invés de uma mala, e enquanto a fila do embarque cresce você tem que tirar o excesso de peso de uma para colocar na outra mais leve. E ainda enfrenta a 3ª fila para pagar o excesso de bagagem – daquela que você vai despachar e a de mão, que também é maior que as especificações. Tenso o negócio, mas dá tudo certo com a praticidade do pessoal do Terminal. 
  3. O ônibus da Greyhound é mais estável e silencioso que muito avião. Poltronas de couro, reclináveis e confortáveis, sem ter que pagar taxa extra para isso. Em 6 horas de viagem são feitas 2 paradas em postos com combustível, comida, banheiro, cama, chuveiro e lavanderia. Praticamente pode-se viver na estrada! 
Bom, até aí morreu Neves (só quem tem mais de 40 anos entende a piada) e o que importa daqui pra frente é mostrar como me senti uma verdadeira pittiburguense, se é que essa palavra existe...

18.12.13

FINALMENTE PISEI EM SOLO AMERICANO!

Como visitei NY e Pittsburgh em 10 dias e me diverti pra caramba.

Quando meu filho foi estudar “nos estates”, tive que deixar a má vontade de lado e tirar o visto americano. Todos na família estavam com o visto vencido e eu achei prudente ter alguém apto a viajar rapidamente. Justificativa e tanto, né não? Pois bem, com o dito cujo engrossando o passaporte senti, digamos, a necessidade de visitar New York e conhecer o cafofo do filhote em Pittsburgh, na Pensilvânia. Para isso o mês de novembro se mostrou perfeito já que não é alta temporada mas as cidades estão preparadas para o Natal, faz frio com raríssima neve, é possível fazer compras também na Black Friday e o Thanksgiving em família faz a gente parecer um autêntico new yorker.

FOTO MB: CONVERSANDO SOBRE USA EM LUGAR PRÓXIMO AO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL

Lá fui eu! Assim mesmo, sem planejamento e com um precário mapa obtido no Google no bolso (coisa jamais feita por mim, que esmiúço a internet antes de sair de casa para qualquer viagem). Na folha A4 havia uma única linha reta cortando Manhattan de norte a sul e sugeria que com determinação eu andaria do Central Park à Estátua da Liberdade. Ahhhh, a ignorância do viajante... Mas tudo deu certíssimo nesses 10 dias, obviamente com o auxílio luxuoso da minha querida hostess!


THANKSGIVING E O WOODBURY OUTLETS

Voando Delta, cheguei no JFK amanhecendo. De lá segui para Highland Mills, onde ficaria por três dias. No caminho, admirando a paisagem do final do outono, conheci parte do centro de pesquisas geológicas da Universidade de Columbia (Palisades,NY). O Centro fica no mesmo local da antiga residência de fim de semana da família Lamont, com vista para o rio Hudson. Também visitei a Bimbo Bakeries (Central Valley), onde se busca o pão no forno. São centenas deles, de vários tipos, formatos e sabores, armazenados em estantes após surgirem na nossa frente em esteiras rolantes: você calça uma luva, pega o pão, coloca no saco e segue até a frente da loja, onde poderá escolher pequenos doces expostos em vitrines antes de caminhar para o caixa.


FOTO MB: UM POUCO DE NEVE DE BOAS-VINDAS

Uma vez instalada, comecei a desfrutar de uma típica casa e rotina americanas. Uma delícia! O Thanksgiving ou Dia de Ação de Graças é um feriado tradicional capaz de deslocar os americanos pelo país para reunir as famílias (daí o caos nas estradas e aeroportos). Simboliza o início oficial das festas de final de ano e recria a festa da colheita abundante de 1621, quando os primeiros colonos de Massachussets ofereceram uma ceia aos índios Massasoit após a assinatura de um tratado de paz entre eles. É trabalho para um dia inteirinho tal como a preparação da nossa ceia natalina, além de incluir pelo menos outras duas atividades: assistir a Parada da Macy´s de NY e o jogo final da NFL - futebol americano, ainda que pela TV.


FOTO MB: NA CEIA DO THANKSGIVING TEM PERU RECHEADO (STUFFING), PURÊ DE BATATAS DOCES (YAM) COM BACON, GELEIA DE CRANBERRY, SALADA DE MILHO, CEBOLAS GRATINADAS COM MEL, ABÓBORA, TORTA DE AMENDOAS...

De Highland Mills você leva menos de 5 minutos até Central Valley, lê-se Woodbury Common Premium Outlets. Sim, aquele outlet premium que todo turista contrata excursão quando está em NY. E eu lá, pertinho, com um dia inteirinho para percorrer as 220 lojas. O mais interessante foi quando voltei lá na noite de quinta-feira, depois da Ceia, quando a maioria das lojas iniciou a Black Friday, num movimento inovador e contestado por alguns puristas que entendem o ThanksG. como o único dia do ano que não se deve trabalhar. Nunca vi tanto turista japonês junto! O estacionamento estava lotado antes da meia-noite, era grande o vai e vem de pessoas e suas malas enquanto muitas delas desafiavam o frio fazendo fila diante das lojas de marcas europeias. Outras lojas tinham movimento normal, sem filas. Uma experiência [sociológica] e tanto para quem não viaja com o objetivo de comprar. A Black Friday é, de fato, um relevante evento para os americanos - disse a taxista que nos conduziu ao Woodbury, enquanto dirigia com o pai absolutamente calado ao seu lado. Ela comentou, com um enorme sorriso no rosto, ser este o período de maior lucro do comércio varejista, oportuno para esvaziar os estoques e evitar que muitas empresas terminem o ano fiscal no “vermelho”.
 
FOTO MB: Mas nem só de outlet vive Central Valley. Lá encontrei o restaurante japonês Gasho, que merece ser conhecido. Fiquei tão bem impressionada que fui procurar o significado da palavra Gasho: duas mãos que se juntam em posição de oração. Sim, preparada diante dos nossos olhos, a refeição é de comer rezando!

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FOTO MB: NO CORETO DO WOODBURY 

como o final de semana estava destinado para perambular por Manhattan, no final da tarde de sexta rumei para o Queens a fim de me hospedar em Astoria. Primeiro quero contar como cheguei lá: na Harriman Station tomei o trem que vai até Hoboken - New Jersey e em Secaucus fiz conexão para a NY Penn Station. Isso foi feito em pouco mais de 1 hora ao custo de 14 dólares. Em segundo lugar, quero falar de Astoria. Mas isso vai ficar para a próxima postagem.

TOME NOTA:
O blog Matraqueando explica impecavelmente o processo de obtenção de visto aqui. O site do Restaurante Gasho é www.gasho.com [365 Route 32, Central Valley, NY] e o do Woodbury Common Premium Outlets é www.premiumoutlets.com [498 Red Apple Court, Central Valley, NY].
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