DOIS DIAS EM BELO HORIZONTE
E AS PRIMEIRAS INFORMAÇÕES SOBRE INHOTIM
Esses dois dias em Beagá foram em consequência da minha visita à Inhotim. O Instituto Inhotim é um museu de arte contemporânea e, desde 2006, um dos maiores museus a céu aberto do mundo. Ou seja, longos 17 anos se passaram até que eu lá cheguei. O Museu está em Brumadinho, distante 60km de Belo Horizonte e que são percorridos em mais de duas horas. O deslocamento na cidade de BH não é muito fácil pois o trânsito é intenso. Sair do aeroporto de Confins também não é tarefa muito simples devido à distância do centro (40km) e outros vários fatores. Enfim, quase uma hora após o desembarque consegui transporte e rumei para a Pampulha.
Vale dizer que eu optei por hospedagem em Beagá (Holiday Inn - Savassi) porque que é de lá que parte um transfer diário para o Museu (Belvitur) e avaliei que a hospedagem em Brumadinho implicaria em transporte entre o hotel e o Museu, o que não seria muito simples para quem não está com carro próprio ou alugado. Outro fator decissivo foi a facilidade de estar na Savassi que, além de uma ótima estrutura de bares e restaurantes é próximo da Praça da Liberdade.
Para conhecer Inhotim são necessários, no mínimo, 02 dias para percorrer os 140 hectares do parque e as 24 galerias. Não despreze o uso do transporte interno feito por carrinhos elétricos, que percorrem rotas predeterminadas pelo parque. Tudo, tudo mesmo sobre Inhotim você encontra aqui. Dito isso, vamos percorrer Belo Horizonte no interminável sobe e desce das ladeiras da cidade.
O Conjunto Arquitetônico da Lagoa da Pampulha foi projetado por Oscar Niemeyer na década de 40 e é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade. Além disso, todo o espaço é contornado por jardins criados por Burle Marx. Da Igreja de São Francisco de Assis é possível avistar o Mineirão e observar o pouso de pequenas aeronaves no aeroporto da Pampulha.
IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Mais conhecida como a Igrejinha da Pampulha (1959), ela é uma jóia rara e uma das principais referências do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Com formas inspiradas nas colinas que cercam a cidade, foi projetada por Oscar Niemeyer, tem painéis de Portinari retratando a Via-Sacra, os jardins são de Burle Marx e os baixos-relevos em bronze foram esculpidos por Alfredo Ceschiatti.
O Museu de Arte da Pampulha e a Casa do Baile fazem parte do Conjunto, mas ambos estavam fechados para a visitação. Só restava desfrutar da tradicional cozinha - caseira - mineira, uai. Três foram os destaques dessa minha orgia gastronômica nada fit.
1. RESTAURANTE XAPURI: arroz caldoso cheio de sabor
2. NICOLAU - Bar da Esquina (de Léo Paixão)
3. MERCADO CENTRAL
O prato de fígado com jiló é um clássico de BH. O mais famoso deles é o do Bar da Lora, no Mercado Central. Lá fui eu experimentar.
O Mercado é um enorme labirinto de queijos, doces, cachaças, licores, artesanato e pão de queijo. E por falar de pão de queijo recheado, o da tia Tânia é imperdível.
PRAÇA DA LIBERDADE
Essa praça está rodeada de prédios que contam a história da cidade: o Palácio da Liberdade, o Edifício Niemeyer, o Museu das Minas e dos Metais (Gerdau) e o Centro Cultural Banco do Brasil. É o Circuito Cultural Praça da Liberdade.
O número 153 da Praça da Liberdade está o ícone do modernismo assinado por Oscar Niemeyer. Construído em 1960, o edifício de 10 andares é residencial e, portanto, não está aberto à visitação.
O edifício Niemeyer surge imponente quando visto dos jardins do Palácio da Liberdade.
Em um triângulo formado pelas ruas Claudio Manoel, Avenida Brasil e Praça da Liberdade o edifício Niemeyer é vizinho do Centro Cultural Banco do Brasil.
Por fim, no lado da Praça oposto ao CCBB está o Museu das Minas e dos Metais e um pouco mais adiante um casario que merece aenção: o Palacete Dantas e a Casa Amarela.
Fora do Circuito Liberdade, em Mangabeiras, está a Praça do Papa, aos pés do Parque da Serra do Curral. O nome da Praça celebra a presença do Papa João Paulo II, que ali celebrou uma
missa. É de lá a vista panorâmica do centro de Belo Horizonte.